Tuesday, August 22, 2006

DATAS CHEMICAL WIRE

Novo mail dos chemical wire a informar sobre as suas próximas datas de concertos: mais uma vez lá pra cima, nomeadamente em baião(aka atrás do sol posto que já lá fui uma vez...sítio bem bonito diga-se) e na póvoa de varzim. Enfim já estou um bocado à espera que alguém pegue neles e os meta a tocar cá pra baixo, mas pelos vistos tá difícil.

Adiante: a banda do porto toca na próxima sexta feira em Chavães, que presumo ser conselho de Baião, na casa da juventude, no âmbito do festival byonritmos. Já no sábado, a actuação é em varzim, desta feita dentro do festival rock a lot, no largo do passeio alegre que, presumo, ser um largo em varzim de preferência grande(sim, estou à espera que toda a gente que leia isto vá, e que toda a gente que veja este flyer seja onde for também: os chemical wire merecem a sério-ok eu não vou, mas eu também meto um bocado de nojo).

Bem, esquecendo um bocado a conversa da treta, tentem aparecer: assistem a uma das boas bandas cá do burgo, e sempre convivem um bocado. è que isto de andar ler cenas que uns pírulas quaisquer andam a meter em blogs sinceramente...não é vida para ninguém pá.

Bem e com isto tudo, tive que editar esta posta porque (imagine-se!) me esqueci de meter o flyer...meu Deus.

Sunday, August 20, 2006

Easyway - Can you keep a secret(2006)



Os lisboetas easyway são uma daquelas bandas de quem é muito fácil dizer mal: ou porque ainda há gente que quer correr com eles por achar que de alguma forma a banda dá mau nome ao movimento mais apunkalhado(e isto parte sobretudo de pessoas pouco informadas que vêm os easyway como tal, não a banda), ou porque há pessoas que criticam a simplicidade lírica e instrumental, ou ainda porque há gente que pura e simplesmente acha que gostar deles é como ter uma eterna pedra no sapato que não se arranca. Aliás também existem algumas pessoas que dizem a mesma coisa dos aside. Acredito que estar a falar destas duas bandas, ainda por cima em tempos tão aproximados, seja significado de "este gajo é cromo, e não percebe nada de música". Isto para as 3 pessoas(vá lá vou sonhar e pensar que são 4) que ainda não acham isso.De qualquer forma é para desmistificar esta ideia que cá estou.

Os easyway, para quem não sabe, tocam o chamado pop-punk mais puro e simples. Ou pelo menos tocavam em "choose the easyway", já que este "can you keep a secret" quer-se intitular como um simples disco de rock, onde as canções ganham uma nova dimensão que não atingiam no primeiro álbum. E é esta porventura a maior evolução: onde "choose the easyway" era "tocá-despachar-que-nós-temos-onde-estar-às-seis-e-meia", "can you keep a secret é mais", "vamos-pensar-mais-um-bocado-nem-que-nos-despachemos-só-às-dez-e-um-quarto". Os easyway amadureceram claramente, e souberam explanar melhor as ideias que tinham. Conseguiram produzir temas bastante mais consistentes e encorpados(este termo faz-me sempre lembrar a história do vinho), e isso é notório de uma ponta à outra do disco.

Aliás como prova disso temos a óptima malha de abertura, de nome "october 9th", que faz parte daquela novela que arranja babes com fantásticos trajes mínimos mas que são todas boazinhas e nem fumam e tal e coiso( que tem 3 palavras onde a primeira começa por "m", e a última por "a"- aka morangos com açucar-!), onde a letra visa homenagear alguém, talvez o pai ou o avô de um dos elementos da banda. Mas "winter haze" com o seu razoável refrão, "hush baby" com a sua maior rapidez e fluência,"Think twice before" que tem um belo riff de guitarra, ou mesmo "Back to Black (Come Down)" tema mais emocional, mas sem exageraro, são outras canções que podem perfeitamente ser enumeradas, para que se consiga perceber a maturação dos easyway.

Outra coisa curiosa, e que até parece mentira é que este disco é mais complicado de perceber que o primeiro. Não, não quero dizer que "Can you keep a secret" seja particularmente complexo ou algo do género, simplesmente é preciso ouvi-lo várias vezes para que os temas fiquem agarrados à tola. Os refrões não são tanto mastiga deita fora, volta a mastigar porque vicia como tudo, mas mais uma daquelas coisas que um gajo torce o nariz de início e depois quando come, volta a mastigar e assim sucessivamente. Até nisso a banda teve mais cuidados, no entanto talvez os refrões sejam mesmo o elo mais fraco do disco, já que não há um que fique imediatamente colado à cabeça.


De qualquer forma está lá tudo: um conjunto de bons músicos, um bom vocalista, riffs simples mas bem feitos, canções encorpadas. Uma banda que claramente soube evoluir, sem se esquecer do seu legado. È mais um disco de verão? sim. De qualquer forma tenham em atenção que "Can you keep a secret" não entra de imediato na cabeça. Dêm-lhe uns 3 dias, e depois podem exibir com orgulho aquela pedra simpática que têm no sapato, e que até vos coça o pé quando ele pede.

7/10

Monday, August 07, 2006



10 dias para vila nova de cerveira should do it. no entanto é possível que esse perído se alargue por mais algum tempo(talvez ainda vá para a praia e tal).

Lá para a última semana de agosto estarei cá, pelo menos até à segunda semana de setembro. Depois, por via de mudança de casa, é possível que isto se complique mais..enfim logo se vê se os papalvos(palavra brutal) se despachem a enfiar o adsl na nova barraquinha.

De qualquer maneira boas férias. a quem não tem, bom trabalho a curtir o sol da janela- contando obviamente que a tenham, esperando que não sejam escravos de nenhum porco capitalista que vos obrigue a trabalhar de sol a sol, num canto do fundo de uma empresa sediada com um apartado no mallawi...

De qualquer forma, eis a súmula daquilo que vou fazer nas férias..enfim o costume.



Fiquem bem.

Aside - We are frequency(2006)



A bela história dos aside há de rezar desta forma, nos livros infantis: "era uma vez uma banda, com uns rapazinhos que acreditavam naquilo que estavam a fazer. Esses rapazinhos queriam lançar um disco, por isso compraram umas horas num estúdio, e depois de irem para o trabalho ou para a escola, iam gravar à noite. O problema é que aquilo que eles gravaram com tanto amor e carinho era rejeitado por homens maus e bárbaros de fato e gravata. No fim, houve alguém que os ouviu, gostou, e eles tiveram que lançar tudo por uma tal freedumb records, editora sediada no canadá. Com esse disco os rapazinhos tiveram alguma atenção em Portugal, e algumas pessoas deram-lhes importância: conseguiram fazer outro disco, já através de uma editora portuguesa, e foram felizes para sempre"

Este foi, mais ou menos, o passado dos aside. A história pode não estar 100% verdadeira(quem inventou a bela frase do "quem conta um conto acrescenta um ponto" devia ter direito a viver na célebre casa do hugh hefner para o resto da vida-isto se tiver sido um macho) mas terá por aqui um fundo de verdade. "good enough for someone else" foi um disco complicado de lançar, onde os aside tentaram já explanar o seu pop-punk com tendências catchy que resultou num disco fresco e de acessível audição.

Este "we are frequency" segue o mesmo caminho do anterior: inicia com o rápido e conciso tema "Perfect sound", arranja uma boa canção rock como é "Seduce all your enemies", e torna-se quase hino em "Silence in delay". Os aside simplesmente amadureceram o seu som e tornaram-no mais consistente do que no passado, cortando bastante na parte "punk" da coisa(que sim nunca foi muita).Ah, e ainda tiveram tempo para retocarem "small leaves will fall", possivelmente o seu tema mais emblemático,e que curiosamente não entrou em "good enough for someone else", tendo feito parte de uma compilação do site 123som.com

Já tendo falado da tal "evolução na continuidade"(que felizmente nada tem a ver com o gajo de óculos anterior ao 25 de abril), e em alguns temas-chave, falta-me só enfatizar um bocado esta coisa toda. Os aside não são a coisa mais original do mundo, certo. Não são a salvação de nada, podem ser facilmente criticados(iluminados que me querem defecar violentamente na pinha por ter dado 4 a artic monkeys e 5 a strokes cheguem-se à frente). Mas...mas são daquele tipo de banda que apenas nos pede meia horinha da sua atenção, para podermos descontrair. Temas rápidos e fluídos, bons riffs de guitarra, produção límpida de pelle seether(que, entre outros, já trabalhou com os no fun at all), e refrões cola cola em 80% dos temas, chegam perfeitamente para podermos dizer que "We are frequency" é um bom disco, ideal para ouvir numa altura destas.

Por isso já sabem: caguem lá nos preconceitos e tentem ver que ouvir pop-punk, ou power-rock, ou seja que rótulo manhoso for, não faz mal a ninguém e não provoca cáries ou diarreia. Este "we are frequency" é retemperador.

7/10