Tuesday, February 28, 2006

MY CUBIC EMOTION

O PODER DA DESCENTRALIZAÇÃO



os my cubic emotion nascem em 2001 em Pombal. Sim, não são lisboetas, nem do Porto, nem sequer de uma grande cidade. Remando sozinhos contra a maré de marasmo que parece existir naquelas bandas, o grupo vai editar a sua segunda demo, e acabou de colocar no seu myspace, o tema "let's just be poetic when we die", uma boa mostra de um emocore musculado que a banda possui. A conferir desde já:


Como é que surgiram os my cubic emotion?

Os My Cubic Emotion surgiram em Setembro de 2001. Começámos apenas com 3 elementos: baterista, guitarrista e vocalista. Como muitas bandas, iniciámos com covers dos grupos que gostávamos na altura, como Papa Roach, POD, System of a Down, 36 Crazyfists, a qual nos inspirou especialmente.
A banda tem uma característica engraçada, não havia niguém a tocar instrumentos, nem niguem tinha tido experiência a nível musical, a não ser o guitarrista, que já tinha tido uma banda anteriormente. Este facto tornou tudo muito mais interessante, logo desde o princípio.
Logo de início, o nosso som, em Pombal, começou por ser difícil de "digerir". As pessoas não estavam habituadas a este tipo de som, mas sempre foi o que nos deu vontade de tocar, e sempre tivemos os nossos amigos para nos apoiar, o que, sem dúvida, nunca nos deixou desistir. Tivemos o nosso primeiro baixista, o David, que saiu passado muito pouco tempo (um grande abraço David, se estiveres a ver isto!). Mudámos de baixista e, no final do ano passado, aumentámos a formação, pondo mais um guitarrista,que compõe a formação actual da banda, fazendo um total de cinco elementos. À medida que fomos amadurecendo musicalmente, deixámos as covers, conhecemos bandas como os More Than A Thousand, EAK, One Hundred Steps, Banshee, etc. Que, sem dúvida, nos influenciaram bastante e nos deram muita força para continuar.

Colocaram disponível no vosso site do myspace, um novo tema: "Let's just
be poetic when we die". Afinal, o que quer dizer este título?


Esta música não é propriamente nova, até já temos muitas musicas mais recentes e diferentes também.
A gravação deste tema surgiu quando o Filipe Melo (This Is Mafia) nos sugeriu gravá-la com ele e com o Gil, baixista dos This Is Mafia, no Porto.
A "Let´s Just Be Poetic When We Die" fala da forma como nos refugiamos na poesia, na música, na arte, etc, para fugirmos aos problemas. Há uma certa contradição que está explícita numa parte da musica, em que até fazemos uma espécie de diálogo: "I need to colour my life with poetry" - "No you don’t!!". No fundo, esta música diz para nos deixarmos de problemas existenciais e crises psicológicas estúpidas que, no fundo, não nos deixam viver plenamente: "...and stop singing our sorrows for once, this time".

Este novo tema é o anúncio de mais alguma demo nova, ou é simplesmente
mais uma canção que criaram?


Sim, esta música é a preparação para a gravação da nova Demo, que se irá chamar "It´s Violent Julliette, Don´t look.". Está tudo a ser preparado para iniciarmos a gravação em meados de março. Se tudo correr como previsto, teremos a nova Demo pronta em final de Maio, início de Junho. Os temas que farão parte serão quatro: "Behind The Clowning", "Worst Case Scenario", "Mondays Were Made For Revolutions" e "It´s Violent Julliette, Don´t Look", que dá o nome da Demo.
Estamos muito entusiasmados com a gravação destes novos temas, estamos muito mais maduros musicalmente desde a gravação da Demo "The Phantom Comes Within", onde ainda se notavam muitas influências de várias bandas. Actualmente estamos, sem dúvida, a descobrir a nossa música, o nosso som.

Vocês são do centro do país. como é que uma banda de uma zona como é
Pombal chega a terrenos de emocore?Calculo que não seja muito normal por
essas bandas...


Não, realmente não é normal. Com a internet, as pessoas tem acesso a todo o tipo de som e os gostos musicais cada vez ficam mais abrangentes.
Como já dissemos anteriormente, começámos por tocar covers das bandas que dissemos e acho que do Nu Metal ao Punk, Hardcore, Emo, desenvolve-se tudo muito naturalmente. Á medida que íamos tocando fora, fomos conhecendo mais bandas, mais estilos, o que, inevitavelmente, nos dava um leque de sons que íamos assimilando. Todos os membros da banda gostam deste tipo de som, e a partir daí fomos construindo a nossa sonoridade, aquilo que nos dá prazer tocar. Porque no fundo,é por isso que tocamos e damos concertos.

Existe alguma cena musical concreta em Pombal , ou apenas um conjunto de bandas dispersas?

Já houve mais. Em 95/97 haviam muitas bandas em Pombal que nunca chegaram a sair muito, mas pelo menos havia algum movimento musical na altura. Era o tempo da produtora "Nova Independência" que tambem era de um indivíduo de Pombal, se não estou em erro, e haviam bandas como os Sindicaos, Acesso de Raiva, Sioux, Axis, Praying Mantis... Entretanto, desapareceu tudo durante algum tempo e, em 2001, surgem os My Cubic Emotion. Durante bastante tempo, em Pombal, éramos mesmo só nós. Sem dúvida, os MCE foram talvez a banda que mais saiu de Pombal em muitos anos, tanto em concertos como em nome. Talvez pela união e pela paixão que temos por isto. Ultimamente têm surgido mais bandas, como os "Glockwise" que também estão a trilhar pelos caminhos do Emo.
Talvez se esteja a construir uma cena musical em Pombal e ficamos contentes por sermos talvez o motor para que isso aconteça.

Como analisam neste momento a cena underground nacional, no vosso campo?

Todos queremos ser ouvidos. Todos tentamos passar a nossa mensagem e ,com muita pena, temos de admitir que ainda falta muita abertura musical pela maior parte do público. O nosso meio ainda é muito pequeno, mas acreditamos que com a rapidez que a vida passa, as pessoas vão ouvir,cada vez mais, mais tipos de som e dar mais liberdade ao que ouvem, deixando aquele cliché que a nossa musica é só berros e não se percebe nada. Acredito que as pessoas vão acabar por dar valor ao que fazemos, mas não há dúvida que, em Portugal, ainda é muito difícil levar o nosso som a um público mais vasto. Pelo menos vamos tocando e recebendo muito apoio.

O que é que vos fez tocar este tipo de som? Quais são as vossas influências?

Como já dissemos anteriormente, 36 Crazyfists foram, sem dúvida, a banda que nos fez começar a tocar. More Than A Thousand, He Is Legend, Norma Jean, Unearth, 20 Inch burial... são bandas que gostamos bastante, e podemos dizer que são nossas influências.

Falando de concertos...Tem sido relativamente simples arranjarem datas, ou padecem também dessa dificuldade como tantas bandas nacionais?

Temos estado parados para fazer músicas novas, mas tem sido positivo a nível de concertos. O ano passado ainda chegámos a ter muitos concertos por aí, o que foi muito bom para nós. Agora vamos começar outra vez a tocar a partir de Fevereiro. Já temos algumas datas a confirmar até Maio.

Quais são os vossos grandes objectivos futuros, enquanto banda?

Queremos tocar, gravar as nossas cenas e mostrá-las às pessoas. Talvez com esta nova demo tentemos arranjar uma editora com uma boa proposta. Por enquanto ainda está tudo muito em standby, mas esperemos que este ano seja positivo para nós e se abram algumas portas.

http://www.myspace.com/mycubicemotion

http://www.mycubicemotion.com

Monday, February 27, 2006

MORE THAN A THOUSAND + TWENTY INCH BURIAL+FOR THE GLORY+ONEQUAL( Club Lua- 24/02/06)




Os portugueses more than a thousand voltaram ao nosso país. Este foi o regresso da banda nacional, desde o concerto em matosinhos em setembro último, desta vez trazendo como ilustres convidados os igualmente portugueses, On Equal, For the glory e Twenty inch burial, num autêntico manifesto de vitalidade e força do underground nacional.

Antes de mais, e para quem não conhece(ou não conhece grande coisa) a banda, é capaz de ser um bocado estranho a referência de um regresso a Portugal de uma banda...portuguesa. Mas as coisas são assim mesmo: os more than a thousand estão sediados em inglaterra já há coisa de dois anos, e já não vinham actuar a Portugal, precisamente desde esse último concerto em matosinhos. Era por isso um regresso ansiado por muita gente, sobretudo pelos fãs da banda mais no centro-sul do país,porque a última actuação em Lisboa que a banda realizou, foi no superbock super rock do ano passado. E aí, foram uns escassos 20 minutos de concerto.

Mas antes de tudo actuaram os On equal. O que sei deles não é grande coisa: têm duas vocalistas, parecem andar nos trilhos do emocore,são do norte do país.
Sinceramente conhecia pouco deles, e continuei sem conhecer grande coisa: como sou um tipo esperto demorei que tempos a encontrar o club lua e, quando lá cheguei, já estavam os on equal em actuação. Por isso o motivo de regozijo enquanto se esperava para entrar, eram as caras de espanto das pessoas que iam passando por ali, ao ouvirem os temas debitados pelo grupo. Foi pena, porque gostava de ter visto se as duas meninas conseguiram rivalizar com os seus congéneres masculinos, ou nem por isso. Pelo que ouvi pareceu-me que sim.

Depois do primeiro concerto, vieram uma das bandas mais enérgicas em palco que já vi: os for the glory. È absolutamente incrível a forma em como contagiam o público, nas suas manifestações sonoras de um hardcore de cariz old-school, não devendo muito à fusão com outros géneros. Se em disco eles já são muito razoáveis, ao vivo tudo se transforma e os for the glory tornam-se uma máguina demolidora absolutamente imparável. Claramente está aqui um caso sério de enorme expressividade em palco, com uma aceitação enorme por parte de um público em constante movimento. Ainda houve oportunidade para dedicar um tema a um tal de tucho(que raio de diminutivo by the way), e de demonstrar toda a crença na força humana, e num mundo melhor que os for the glory demonstram evidenciar. Se fossem eles a mandar, estávamos agora num paraíso.

Seguiram-se os twenty inch burial, para mim uma das bandas nacionais mais promissoras dos últimos anos. Vão lançar brevemente o seu terceiro disco, "radiovenom", apesar de terem baseado a sua actuação em "how much will we laugh and smile?", o álbum anterior. Por isso, e tendo em conta o considerável culto que a banda já leva, não foi de estranhar que temas como "5 forward", "30 minutes journey", o já clássico "octopus", ou "touch me", cover de samantha fox(sim, essa mesmo a quarentona boazona britânica), tenham sido os mais aplaudidos da noite. De qualquer forma ainda deu tempo para promover o novo disco, com três temas que assinalaram toda a capacidade da banda em efectuar refrões cola-cola, sem nunca destoarem da sua habitual toada metalcore. Por outro lado, alguns recadinhos para os meios de comunicação nacionais mais influentes, também não foram de descurar, pese embora isso faça eu na conclusão desta crítica, ou seja lá o que for.



O que se deve realçar numa banda como os more than a thousand, é a sua enorme capacidade em criar hinos: Poucas devem ser as bandas à face da terra, onde cada um dos temas é um possível single, pleno de energia, emoção, ou até sensibilidade. De facto entre canções como "it's the blood...there's something in the blood", "walking on the devil's trail" ou a grande "none of us will see heaven", é à escolha do freguês, aquela que é mais passível de ser single. No caso de more than a thousand, concebo que eles tenham alguns temas mais fracos que outros: no entanto todos eles têm a inegável capacidade em não sairem das nossas cabeças.


foto: mário guilherme

Por isso (nem que fosse só por isso) o concerto da banda setubalense seria sempre bom. Felizmente que os more than a thousand, conseguiram superar a própria barreira das suas canções, acabando por demonstrarem em palco uma enorme força e vitalidade, que não passou despercebida a ninguém. Começaram por "walking on the devil's trail", passaram depois para o meu tema favorito da banda, o gigantone "the beautiful faces hide witches", indo desaguar o concerto no já clássico "none of us will see heaven". sim eu esqueço-me, que pode haver por aqui gente que desconhece a banda, por isso dá jeito dizer que eles tocam emocore, mas têm um extremo cuidado em criar uma atmosfera relacionada com o terror, que percorre um pouco cada um dos seus temas. são por isso uma das bandas mais inovadoras dentro do género, pelo menos é a minha humilde convicção.

Foi por isso um enorme concerto que fechou uma noite dedicada a sonoridades pesadas, todas elas nacionais e que demonstram que não estamos a dever absolutamente nada àquilo que se faz lá fora. O club lua estava praticamente cheio, ainda assim seria extremamente curioso ver um concerto destes num palco maior...num garage por exemplo. e a ser decentemente divulgado por aqueles iluminados que têm a mania que defende muito a música portuguesa. Esquecem-se é que a música quer-se universal e multicultural, nunca restringida a um país. ainda assim, e para aqueles que acham que faem muito por ela, estranha-se a não divulgação de um concerto deste género, nem das próprias bandas intervenientes. Uma autêntica vergonha. No entanto aqui fica a ilacção: Não é preciso virem bandas estrangeiras para darem grandes concertos. A noite no club lua foi muito bem passada, uma excelente forma de começar um fim-de-semana. Fiquem atentos,tanto a estas quatro bandas, como a tantas outras do underground nacional, que vão acabar por vir ao de cima. Porque têm qualidade para isso.

http://www.myspace.com/onequal
http://www.myspace.com/fortheglory
http://www.myspace.com/twentyinchburial
http://www.myspace.com/morethanathousand

não,eu não tenho nenhum protocolo com o myspace...acontece que a página das bandas está ou desactualizada, ou em actualização...no caso de onequal, eles ainda nem a têm.


foto: cortesia de mário guilherme- http://firstsecond.deviantart.com

Wednesday, February 22, 2006

CONCERTO SEVEN STITCHES + WAKO, DATAS CHEMICAL WIRE

No próximo dia 3 de Março temos, no ribeirinha bar, uma noite dedicada aos sons mais pesados: Desta vez serão os WAKO e os Seven Stitches que vão efectuar mais uma data da sua red alert tour. Para quem quer conhecer bandas novas, mais uma vez, é uma data a ver. Aqui fica a sugestão e o flyer:



DATAS CHEMICAL WIRE

Os chemical wire, já entrevistados pelo blog, também fizeram chegar ao mail do tasco, as suas novas datas de concertos. Aqui estão elas, para serem apontadas em uma qualquer agenda:


25 de Fevereiro, Fabrica do Chocolate, Vigo
03 de Março, 1º Aniversário da Raising Legends, Maré Alta, Porto (c/ Solid Impact e Loss Spectra of Pure)
10 de Março, Bunker Bar, Braga (c/ Reckless e banda a anunciar)
07 de Abril, Porto Rio, Porto (c/ Blind Charge)
27 de Maio, Sanguedo, Sta Maria da Feira

Friday, February 03, 2006

FOR THE GLORY

ESFORÇOS DE CRIAÇÃO



Os for the glory são uma das referências nacionais no que diz respeito ao hardcore. Editaram "drown in blood" pela raging planet há uns dois anos, e estão prontos para voltarem aos escaparates este ano. Num natural processo criativo, que antecede a gravação do novo álbum do quarteto, o vocalista Ricardo concedeu algumas palavras, elucidativas de um futuro maior e melhor para a banda.

Podiam-nos dizer como surgiram os for the glory?

Os For The Glory são uma banda com cerca de 3 anos de existência. A banda foi formada no ano de 2003, a meio de um digressão de uma banda (já extinta) chamada What went wrong. Durante essa tour, e após concertos com terror, give up the ghost, entre outros, surgiu a ideia de fazer uma cena mais dura, uma música mais hard e mais in your face, com um poder cativante em que até juntaríamos uma pitada de algum metal. Decidimos que queriamos tocar música mais hard para expressar as nossas frustações e pesadelos do dia a dia que vivemos, incansáveis em busca da perfeição e da vida perfeita. Nessa mesma tour fizemos a primeira musica, e quando chegámos a Lisboa começámos a ensaiar com o line up composto por Rui Brás (twenty inch burial - baixo), Ricardo Congas (ex what went wrong - voz), Sergio Bernardo (ex criminal waste - guitarra), Poli Correia(ex endless road - guitarra) e Miguel Correia (ex what went wrong - bateria). Durante algum tempo tocámos com este line up, demos muitos concertos, gravámos um disco e tocamos em tudo o que era sítio. Depois a banda foi-se alterando e agora temos o line up igual ao passado com excepção do Poli correia. Estamos também à procura de um novo baterista, para substituir o miguel que quer ir para as guitarras.

"Drown in blood" já tem algum tempo. Estão a planear lançar algo brevemente? Se sim, que diferenças prevêm que o novo lançamento vá ter em relação ao anterior?

Sim, o Drown In Blood ja tem algum tempo, temos feito muitas datas. Apenas com esse álbum, fizemos 3 tours europeias, demos muitos concertos com bandas de nome, e estamos bastante contentes. Agora e só fazer o novo disco que irá saír lá para junho, e deverá sair por uma editora estrangeira. Não posso ainda anunciar nada, sei que em Abril vamos para estúdio gravar o álbum que irá suceder ao "drown in blood",e deverá conter 11 músicas. Vai ser um disco mais experimental e com mais influências da música que ouvimos no dia a dia, letras muitio mais pessoais e assim ,de certa maneira, mais obscuras. Há certos momentos na tua vida em que passas por altos e baixos, relacionado com pessoas que te afectaram, que deixaram marca no teu coraçao. Sobre esses momentos reflectes quando estás sozinho, no trabalho, em casa, no autocarro... há coisas que pensas nelas, porque te deixaram marcas, e é sobre essas coisas que o disco vai falar, sobre o facto de as marcas que te deixaram no coraçao serem profundas ao ponto de falares sobre isso. Vai ser um álbum sobre algo que todas as pessoas sentem, mas têm medo de dizer... eu amo, eu odeio, eu luto, eu sorrio, suo e acabo por morrer. penso em acabar com a minha vida nos piores momentos, mas vou aproveitando cada dia e é isso que vai ser o novo disco.

De um modo geral, poderiam caracterizar um pouco como está o movimento hardcore em Portugal?

A cena hardcore está numa fase diferente. Não temos a comparência de pessoas como há 7 anos atrás, mas também temos agora uma cena com mais subgéneros, e mentalidades mais abertas a várias vertentes de um movimento que tem tanto de bom como de podre.As bandas estão com mais qualidade musical, as gravações melhores, e as pessoas deixaram de ser tendenciosas (pelo menos em relaçao ao hardcore praticado).
Por um lado sinto falta de um concerto mais na onda dos 500 míudos, mas por outro lado fico feliz por ter lá 200 que gostam mesmo de For The Glory. Eu estive durante o ano passado fora daqui durante algum tempo e vi muita coisa: Devo dizer que ainda continuamos um pouco na cauda no que toca a hardcore, mas gosto da nossa simplicidade e da nossa forma de ver as coisas. Pena que há certos aspectos que deveriam melhorar, é necessário mais clubes a praticarem bons preços, é necesserário descentralizar o hardcore das grandes metrópoles, neste caso Lisboa, e cativar míudos de escolas, e de géneros diferentes como o nu-metal. Vejo a cena hardcore acessível a todas as pessoas. A música pode ser muito agressiva e tal, mas as pessoas são simples, é isso que faz com que esta cena underground tenha o impacto na vida de muita gente, é algo palpável, não é algo que se sonhe apenas... todos podem lá chegar!

Saíu, há bem pouco tempo, uma lei que obriga as rádios a passar pelo menos 25% de música nacional. Têm uma opinião formada acerca deste assunto?

Pá, não faço ideia, mas de qualquer das maneiras, não vejo as radios a passarem musicas de For The Glory, exceptuando aqueles programas de música underground, como o Tiger de Viseu, esse man bomba bué nos programas dele... Admiro! Mas ainda bem, rádios que estejam interessadas, eu estou sempre aberto a trocar dois dedos de conversa...

A nível de discos, quais foram os álbuns que mais vos cativaram em 2005?

Eu não liguei muito a discos este ano,mas sei que vão haver umas quantas surpresas para 2006. Pessoalmente, discos de 2005 que me cativaram coloco aqui uma lista com alguns deles:

born from pain - in love with the end
zero mentality - in fear of forever
hatespehere - the sickness within
no turning back - rising from ashes
houve muitas cenas fixes, mas não me lembro de quase nenhuma ha ha

A nível de concertos ao vivo, têm muitas datas agendadas?

De momento, estamos a marcar novas datas para fevereiro e março. Tudo muito vago.. Estamos numa fase de criar, de querer fazer coisas novas... uma transição que já deveria ter sido feita há mais tempo.

Quais são as vossas projecções profissionais para 2006?

Eu quero continuar a trabalhar, para poder meter a comida na mesa e pagar a renda. O resto é tocar com a banda, fazer um novo disco que irá sair por uma editora de fora, ainda estamos em negociações. Depois é tocar muito, gostava de fazer um desses festivais de verão tipo o Festival Tejo ou até mesmo o Super Bock num aqueles dias mais "puxados". Estamos sempre prontos para propostas, queremos mostrar que temos alguma coisa para dizer, e que também temos uma maneira muito própria de pensar.

Mais uma vez obrigado, e muita sorte para o futuro []

Obrigado nós, por este cantinho que deu para falar um pouco sobre o que se passa com a banda. obrigado do fundo do coração.