IRON MAIDEN - PAVILHÃO ATLÂNTICO
Os Iron maiden são aquela banda que dispensa qualquer tipo de apresentação. Dizer que são a maior banda de heavy-metal à face da terra(excluindo os metallica do género é claro) é, no mínimo, redutor para uma banda que tem imensos anos de carreira, e que se pode orgulhar de nunca se ter rendido ao que estava na moda: Melhor ainda, sem se render também nunca estagnou. E foi por aí que ganhou tantos fãs e admiradores.
Eu confesso: Não sou fã de maiden. Estou bem longe disso aliás: Seria talvez a única pessoa que não sabia sequer um único refrão da banda na sua totalidade. E isto já quer dizer muito.
Porque fui ao concerto? Primeiro porque ia com amigos. Depois pelo espectáculo em si, que adivinhava ser grande. E também que sabia das reais capacidades que a dama de ferro tem em dar bons concertos.
E basicamente foi isso que aconteceu: Com elementos cénicos muito desenvolvidos (o lampião por exemplo ou as letras "666" que apareceram aquando de "the number of the beast") os iron maiden conseguiram cativar um público que já estava completamente rendido à partida. Alinhando apenas temas dos 4 primeiros discos, não fosse esta uma digressão motivada pelo recente dvd da banda "the early years", os britânicos conseguiram um frenesim de movimentos e de reacções à sua própria música, praticamente indescritível. Destilando clássicos como "the trooper"," run to the hills", "remember tomorrow"(oportunamente dedicado a um ex-roadie da banda, e ex-gerente do eddie's bar no algarve, manu da silva recentemente falecido) ou mesmo a já referida "the number of the beast" a banda apresentou um vigor enorme e uma força anímica absolutamente impressionante, ao qual o surgimento da mascote de eddie, e espécie de combate que houve em palco entre ele e ,penso eu, steve harris, também não foi alheio.
Conseguimos ver que, apesar da idade teoricamente já pesar, e dos anos de carreira já serem muitos, cada concerto de maiden é sempre vivido muito intensamente e seriamente pela banda. Cada músico, desde dickinson e passando por harris ou murray, dá o seu melhor enquanto está em palco. e é aqui a principal justificação pelo facto de, quem vai a concertos de iron maiden sai de lá sempre satisfeito.E se houve gente que não saíu de lá neste estado na passada quinta-feira é porque, provavelmente, não compreende a tamanha devoção e carinho com que os maiden são recebidos sempre que cá passam.
Em suma um concerto emotivo, forte e bastante frenético, mas acima de tudo profissional. Mesmo sabendo da rendiçao do público os maiden não se confinaram a esse estado já alcançado e quiseram dar um verdadeiro orgasmo sonoro a quem os foi ver. Não foi o melhor concerto que vi este ano: No entanto talvez tenha sido aquele que mais paixão tenha motivado. E isso já quer dizer muito.
Na primeira parte estiveram os conterrâneos da dama de ferro, dragonforce banda que faz um speed-power metal. Apesar das boas críticas que granjearam junto dos media, em especial após a edição do seu último disco "sonic firestorm", e de terem uma técnica de invejar qualquer comum dos mortais, não me parece que a banda saiba fazer canções no verdadeiro sentido da palavra. Ainda têm muito que palmilhar. e ter um vocalista que ao cantar, parece que tem uma cenoura no rabo não ajuda muito...
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