MY CUBIC EMOTION
O PODER DA DESCENTRALIZAÇÃO
os my cubic emotion nascem em 2001 em Pombal. Sim, não são lisboetas, nem do Porto, nem sequer de uma grande cidade. Remando sozinhos contra a maré de marasmo que parece existir naquelas bandas, o grupo vai editar a sua segunda demo, e acabou de colocar no seu myspace, o tema "let's just be poetic when we die", uma boa mostra de um emocore musculado que a banda possui. A conferir desde já:
Como é que surgiram os my cubic emotion?
Os My Cubic Emotion surgiram em Setembro de 2001. Começámos apenas com 3 elementos: baterista, guitarrista e vocalista. Como muitas bandas, iniciámos com covers dos grupos que gostávamos na altura, como Papa Roach, POD, System of a Down, 36 Crazyfists, a qual nos inspirou especialmente.
A banda tem uma característica engraçada, não havia niguém a tocar instrumentos, nem niguem tinha tido experiência a nível musical, a não ser o guitarrista, que já tinha tido uma banda anteriormente. Este facto tornou tudo muito mais interessante, logo desde o princípio.
Logo de início, o nosso som, em Pombal, começou por ser difícil de "digerir". As pessoas não estavam habituadas a este tipo de som, mas sempre foi o que nos deu vontade de tocar, e sempre tivemos os nossos amigos para nos apoiar, o que, sem dúvida, nunca nos deixou desistir. Tivemos o nosso primeiro baixista, o David, que saiu passado muito pouco tempo (um grande abraço David, se estiveres a ver isto!). Mudámos de baixista e, no final do ano passado, aumentámos a formação, pondo mais um guitarrista,que compõe a formação actual da banda, fazendo um total de cinco elementos. À medida que fomos amadurecendo musicalmente, deixámos as covers, conhecemos bandas como os More Than A Thousand, EAK, One Hundred Steps, Banshee, etc. Que, sem dúvida, nos influenciaram bastante e nos deram muita força para continuar.
Colocaram disponível no vosso site do myspace, um novo tema: "Let's just
be poetic when we die". Afinal, o que quer dizer este título?
Esta música não é propriamente nova, até já temos muitas musicas mais recentes e diferentes também.
A gravação deste tema surgiu quando o Filipe Melo (This Is Mafia) nos sugeriu gravá-la com ele e com o Gil, baixista dos This Is Mafia, no Porto.
A "Let´s Just Be Poetic When We Die" fala da forma como nos refugiamos na poesia, na música, na arte, etc, para fugirmos aos problemas. Há uma certa contradição que está explícita numa parte da musica, em que até fazemos uma espécie de diálogo: "I need to colour my life with poetry" - "No you don’t!!". No fundo, esta música diz para nos deixarmos de problemas existenciais e crises psicológicas estúpidas que, no fundo, não nos deixam viver plenamente: "...and stop singing our sorrows for once, this time".
Este novo tema é o anúncio de mais alguma demo nova, ou é simplesmente
mais uma canção que criaram?
Sim, esta música é a preparação para a gravação da nova Demo, que se irá chamar "It´s Violent Julliette, Don´t look.". Está tudo a ser preparado para iniciarmos a gravação em meados de março. Se tudo correr como previsto, teremos a nova Demo pronta em final de Maio, início de Junho. Os temas que farão parte serão quatro: "Behind The Clowning", "Worst Case Scenario", "Mondays Were Made For Revolutions" e "It´s Violent Julliette, Don´t Look", que dá o nome da Demo.
Estamos muito entusiasmados com a gravação destes novos temas, estamos muito mais maduros musicalmente desde a gravação da Demo "The Phantom Comes Within", onde ainda se notavam muitas influências de várias bandas. Actualmente estamos, sem dúvida, a descobrir a nossa música, o nosso som.
Vocês são do centro do país. como é que uma banda de uma zona como é
Pombal chega a terrenos de emocore?Calculo que não seja muito normal por
essas bandas...
Não, realmente não é normal. Com a internet, as pessoas tem acesso a todo o tipo de som e os gostos musicais cada vez ficam mais abrangentes.
Como já dissemos anteriormente, começámos por tocar covers das bandas que dissemos e acho que do Nu Metal ao Punk, Hardcore, Emo, desenvolve-se tudo muito naturalmente. Á medida que íamos tocando fora, fomos conhecendo mais bandas, mais estilos, o que, inevitavelmente, nos dava um leque de sons que íamos assimilando. Todos os membros da banda gostam deste tipo de som, e a partir daí fomos construindo a nossa sonoridade, aquilo que nos dá prazer tocar. Porque no fundo,é por isso que tocamos e damos concertos.
Existe alguma cena musical concreta em Pombal , ou apenas um conjunto de bandas dispersas?
Já houve mais. Em 95/97 haviam muitas bandas em Pombal que nunca chegaram a sair muito, mas pelo menos havia algum movimento musical na altura. Era o tempo da produtora "Nova Independência" que tambem era de um indivíduo de Pombal, se não estou em erro, e haviam bandas como os Sindicaos, Acesso de Raiva, Sioux, Axis, Praying Mantis... Entretanto, desapareceu tudo durante algum tempo e, em 2001, surgem os My Cubic Emotion. Durante bastante tempo, em Pombal, éramos mesmo só nós. Sem dúvida, os MCE foram talvez a banda que mais saiu de Pombal em muitos anos, tanto em concertos como em nome. Talvez pela união e pela paixão que temos por isto. Ultimamente têm surgido mais bandas, como os "Glockwise" que também estão a trilhar pelos caminhos do Emo.
Talvez se esteja a construir uma cena musical em Pombal e ficamos contentes por sermos talvez o motor para que isso aconteça.
Como analisam neste momento a cena underground nacional, no vosso campo?
Todos queremos ser ouvidos. Todos tentamos passar a nossa mensagem e ,com muita pena, temos de admitir que ainda falta muita abertura musical pela maior parte do público. O nosso meio ainda é muito pequeno, mas acreditamos que com a rapidez que a vida passa, as pessoas vão ouvir,cada vez mais, mais tipos de som e dar mais liberdade ao que ouvem, deixando aquele cliché que a nossa musica é só berros e não se percebe nada. Acredito que as pessoas vão acabar por dar valor ao que fazemos, mas não há dúvida que, em Portugal, ainda é muito difícil levar o nosso som a um público mais vasto. Pelo menos vamos tocando e recebendo muito apoio.
O que é que vos fez tocar este tipo de som? Quais são as vossas influências?
Como já dissemos anteriormente, 36 Crazyfists foram, sem dúvida, a banda que nos fez começar a tocar. More Than A Thousand, He Is Legend, Norma Jean, Unearth, 20 Inch burial... são bandas que gostamos bastante, e podemos dizer que são nossas influências.
Falando de concertos...Tem sido relativamente simples arranjarem datas, ou padecem também dessa dificuldade como tantas bandas nacionais?
Temos estado parados para fazer músicas novas, mas tem sido positivo a nível de concertos. O ano passado ainda chegámos a ter muitos concertos por aí, o que foi muito bom para nós. Agora vamos começar outra vez a tocar a partir de Fevereiro. Já temos algumas datas a confirmar até Maio.
Quais são os vossos grandes objectivos futuros, enquanto banda?
Queremos tocar, gravar as nossas cenas e mostrá-las às pessoas. Talvez com esta nova demo tentemos arranjar uma editora com uma boa proposta. Por enquanto ainda está tudo muito em standby, mas esperemos que este ano seja positivo para nós e se abram algumas portas.
http://www.myspace.com/mycubicemotion
http://www.mycubicemotion.com
os my cubic emotion nascem em 2001 em Pombal. Sim, não são lisboetas, nem do Porto, nem sequer de uma grande cidade. Remando sozinhos contra a maré de marasmo que parece existir naquelas bandas, o grupo vai editar a sua segunda demo, e acabou de colocar no seu myspace, o tema "let's just be poetic when we die", uma boa mostra de um emocore musculado que a banda possui. A conferir desde já:
Como é que surgiram os my cubic emotion?
Os My Cubic Emotion surgiram em Setembro de 2001. Começámos apenas com 3 elementos: baterista, guitarrista e vocalista. Como muitas bandas, iniciámos com covers dos grupos que gostávamos na altura, como Papa Roach, POD, System of a Down, 36 Crazyfists, a qual nos inspirou especialmente.
A banda tem uma característica engraçada, não havia niguém a tocar instrumentos, nem niguem tinha tido experiência a nível musical, a não ser o guitarrista, que já tinha tido uma banda anteriormente. Este facto tornou tudo muito mais interessante, logo desde o princípio.
Logo de início, o nosso som, em Pombal, começou por ser difícil de "digerir". As pessoas não estavam habituadas a este tipo de som, mas sempre foi o que nos deu vontade de tocar, e sempre tivemos os nossos amigos para nos apoiar, o que, sem dúvida, nunca nos deixou desistir. Tivemos o nosso primeiro baixista, o David, que saiu passado muito pouco tempo (um grande abraço David, se estiveres a ver isto!). Mudámos de baixista e, no final do ano passado, aumentámos a formação, pondo mais um guitarrista,que compõe a formação actual da banda, fazendo um total de cinco elementos. À medida que fomos amadurecendo musicalmente, deixámos as covers, conhecemos bandas como os More Than A Thousand, EAK, One Hundred Steps, Banshee, etc. Que, sem dúvida, nos influenciaram bastante e nos deram muita força para continuar.
Colocaram disponível no vosso site do myspace, um novo tema: "Let's just
be poetic when we die". Afinal, o que quer dizer este título?
Esta música não é propriamente nova, até já temos muitas musicas mais recentes e diferentes também.
A gravação deste tema surgiu quando o Filipe Melo (This Is Mafia) nos sugeriu gravá-la com ele e com o Gil, baixista dos This Is Mafia, no Porto.
A "Let´s Just Be Poetic When We Die" fala da forma como nos refugiamos na poesia, na música, na arte, etc, para fugirmos aos problemas. Há uma certa contradição que está explícita numa parte da musica, em que até fazemos uma espécie de diálogo: "I need to colour my life with poetry" - "No you don’t!!". No fundo, esta música diz para nos deixarmos de problemas existenciais e crises psicológicas estúpidas que, no fundo, não nos deixam viver plenamente: "...and stop singing our sorrows for once, this time".
Este novo tema é o anúncio de mais alguma demo nova, ou é simplesmente
mais uma canção que criaram?
Sim, esta música é a preparação para a gravação da nova Demo, que se irá chamar "It´s Violent Julliette, Don´t look.". Está tudo a ser preparado para iniciarmos a gravação em meados de março. Se tudo correr como previsto, teremos a nova Demo pronta em final de Maio, início de Junho. Os temas que farão parte serão quatro: "Behind The Clowning", "Worst Case Scenario", "Mondays Were Made For Revolutions" e "It´s Violent Julliette, Don´t Look", que dá o nome da Demo.
Estamos muito entusiasmados com a gravação destes novos temas, estamos muito mais maduros musicalmente desde a gravação da Demo "The Phantom Comes Within", onde ainda se notavam muitas influências de várias bandas. Actualmente estamos, sem dúvida, a descobrir a nossa música, o nosso som.
Vocês são do centro do país. como é que uma banda de uma zona como é
Pombal chega a terrenos de emocore?Calculo que não seja muito normal por
essas bandas...
Não, realmente não é normal. Com a internet, as pessoas tem acesso a todo o tipo de som e os gostos musicais cada vez ficam mais abrangentes.
Como já dissemos anteriormente, começámos por tocar covers das bandas que dissemos e acho que do Nu Metal ao Punk, Hardcore, Emo, desenvolve-se tudo muito naturalmente. Á medida que íamos tocando fora, fomos conhecendo mais bandas, mais estilos, o que, inevitavelmente, nos dava um leque de sons que íamos assimilando. Todos os membros da banda gostam deste tipo de som, e a partir daí fomos construindo a nossa sonoridade, aquilo que nos dá prazer tocar. Porque no fundo,é por isso que tocamos e damos concertos.
Existe alguma cena musical concreta em Pombal , ou apenas um conjunto de bandas dispersas?
Já houve mais. Em 95/97 haviam muitas bandas em Pombal que nunca chegaram a sair muito, mas pelo menos havia algum movimento musical na altura. Era o tempo da produtora "Nova Independência" que tambem era de um indivíduo de Pombal, se não estou em erro, e haviam bandas como os Sindicaos, Acesso de Raiva, Sioux, Axis, Praying Mantis... Entretanto, desapareceu tudo durante algum tempo e, em 2001, surgem os My Cubic Emotion. Durante bastante tempo, em Pombal, éramos mesmo só nós. Sem dúvida, os MCE foram talvez a banda que mais saiu de Pombal em muitos anos, tanto em concertos como em nome. Talvez pela união e pela paixão que temos por isto. Ultimamente têm surgido mais bandas, como os "Glockwise" que também estão a trilhar pelos caminhos do Emo.
Talvez se esteja a construir uma cena musical em Pombal e ficamos contentes por sermos talvez o motor para que isso aconteça.
Como analisam neste momento a cena underground nacional, no vosso campo?
Todos queremos ser ouvidos. Todos tentamos passar a nossa mensagem e ,com muita pena, temos de admitir que ainda falta muita abertura musical pela maior parte do público. O nosso meio ainda é muito pequeno, mas acreditamos que com a rapidez que a vida passa, as pessoas vão ouvir,cada vez mais, mais tipos de som e dar mais liberdade ao que ouvem, deixando aquele cliché que a nossa musica é só berros e não se percebe nada. Acredito que as pessoas vão acabar por dar valor ao que fazemos, mas não há dúvida que, em Portugal, ainda é muito difícil levar o nosso som a um público mais vasto. Pelo menos vamos tocando e recebendo muito apoio.
O que é que vos fez tocar este tipo de som? Quais são as vossas influências?
Como já dissemos anteriormente, 36 Crazyfists foram, sem dúvida, a banda que nos fez começar a tocar. More Than A Thousand, He Is Legend, Norma Jean, Unearth, 20 Inch burial... são bandas que gostamos bastante, e podemos dizer que são nossas influências.
Falando de concertos...Tem sido relativamente simples arranjarem datas, ou padecem também dessa dificuldade como tantas bandas nacionais?
Temos estado parados para fazer músicas novas, mas tem sido positivo a nível de concertos. O ano passado ainda chegámos a ter muitos concertos por aí, o que foi muito bom para nós. Agora vamos começar outra vez a tocar a partir de Fevereiro. Já temos algumas datas a confirmar até Maio.
Quais são os vossos grandes objectivos futuros, enquanto banda?
Queremos tocar, gravar as nossas cenas e mostrá-las às pessoas. Talvez com esta nova demo tentemos arranjar uma editora com uma boa proposta. Por enquanto ainda está tudo muito em standby, mas esperemos que este ano seja positivo para nós e se abram algumas portas.
http://www.myspace.com/mycubicemotion
http://www.mycubicemotion.com
1 Comments:
Olá 'miúdos' Aqui, o guitarrista dos extintos 'ACESSO de RAIVA'(primeira banda punk hard core, em Pombal)pedro 'Almeida', vos deseja as maiores felicidades e continuem porque isto da musica já em 97 era f****o e agora nao é melhor...! Por isso tá a partir a loiça toda que nas lojas há sempre muitas cordas, palhetas e baquetas, pra vender...lol. Força aí...A luta continua. Grande abraço e da minha parte, olhem...punk's not dead!!!!!!!!!!
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