Deftones e Dead poetic (ou como o rock norte-americano não anda tão leproso quanto isso)
Desta vez decidi juntar duas bandas norte-americanas : uma bastante conhecida com os deftones, e outra relativamente conhecida(embora ainda misteriosa para muita gente), como os dead poetic. Dois bons exemplos daquilo que eu de facto considero como rock, e duas bandas que, possivelmente fizeram o melhor disco das suas carreiras. Sim, isto é também válido para os deftones, inegavelmente. Vamos começar primeiro pela mais conhecida porque...epá sim.
DEFTONES - SATURDAY NIGHT WRIST
Chino moreno "o gordo"(vá com um bocadinho mais de barriga que eu), e seus comparsas, fizeram um concerto relativamente fraco no super bock deste ano. Sim, isso é inegável: o piloto-automático daquela gente, certamente não augurava nada de bom, para o novo álbum. Afinal, "Saturday night wrist", acabou por contrariar em absoluto este receio, com um conjunto de canções inegavelmente bem feitas, algumas com certos requintes experimentais que vieram directamente dos teamsleep(o projecto paralelo de chino, que já aqui foi alvo de crítica há um porradão de tempo), mas sobretudo dotadas de algo que os deftones se calhar já podiam ter obtido há alguns anos atrás( e estiveram perto com o "white pony): maturidade. No fundo, "Saturday night wrist" é um disco de canções: todas elas bem equilibradas, fazendo parte integrante de toda a sonoridade que sempre caracterizou os deftones.
Confesso desde já a minha parvoíce, em não ter ouvido o disco anterior a este. Mas a verdade é que "minerva" deixou-me um bocado de pé atrás, e aquilo que ouvi depois disso também não conseguiu equilibrar a balança. Agora "hole in the earth", o primeiro single, foi perfeitamente capaz de revelar precisamente o contrário. È um tema musculado que assenta no poderio das guitarras, que tem talvez dos melhores riffs iniciais que os deftones já fizeram e, sobretudo!, consegue condensar tudo aquilo que a banda já realizou num só tema. Tem algum sentido de experimentação e de atmosfera, é catchy qb, e mostra as capacidades vocais de chino. Por outro lado é também um tema de relativamente fácil assimilação, com uma letra no mínimo simplista diga-se. Por ser uma espécie de resumo, dá perfeitamente para ser desde já um dos melhores temas que a banda já gravou.
Mas está claro que "Saturday night wrist" não é só isto."Rapture" é um tema muito dentro da onda que a banda já nos habituou, sem no entanto ser uma cópia barata ou reles, "Beware", bem como "Cherry waves" são excelentes temas, onde as capacidades tanto instrumentais como ambientais da banda(fico sempre à rasca quando falo de "ambientes" ou "atmosferas", não vão achar que é paleio idiota...e até pode ser um bocadinho) saem abrilhantadas,e onde a voz arrastada de chino assenta em absoluta perfeição. Já o adorno épico de "cherry waves" também não deixa de ser uma nota de destaque.
"Mein", com a participação de serj tankian dos system of a down (banda a que já achei graça, mas agora ah e tal nem por isso), é um dos temas...vá não digo mais estranhos, até porque assenta muito nas bases anteriores, no entanto talvez menos comuns. O refrão não fica na cabeça, e o tema acaba por ser mais um exercício de estilo em formato canção. A participação de serj também sai imaculada diga-se. "U,U,D,D,L,R,L,R,A,B,S", é o tema experimental do disco, que não sendo nada do outro mundo, também não sai mal na fotografia(no fundo é imaginar aqueles ambientes mais soturnos dos deftones, mas sem voz e durante 4 minutos seguidos).
Já devo ter falado de canções que cheguem...mas não era ninguém(ok continuo sem ser, mas enfim) senão falasse de "Xerces", aquele que possivelmente já é para mim o meu tema favorito de sempre da banda de Sacramento. Porquê? Bem, talvez pela magnitude emocional do refrão, pela densidade de todos os ambientes(pareço ouvir sintetizadores algures digo eu), e aquele "I'll be waving... goodbye" repetido aquelas vezes, lembra-me a excelente "change(in the house of flies), com o "haaa..haaa...". Num sentido apenas e só de memória diga-se, nada de fotocópias. Possivelmente "Xerces" será o próximo single, dada tanto a quase delicadeza da voz de chino, como a magnitude emocional que aquele refrão tem. Um dos meus temas do ano desde já.
Acabando esta análise ao disco, e porque não me apetece estar a falar de tudo, destaco só "Pink cellphone", um dos temas mais experimentais que a banda já fez. Desde o início quase minimalista, e mecânico, passando depois pela adensação da voz feminina que acaba por dominar a segunda fase do tema. Aqui sim: temos a voz, um simples beat e acabou a conversa. Nada de absolutamente revolucionário, mas ainda assim interessante e curioso. Mais uma nota em com os deftones não se preocupam só em recriar o costume.
Quanto ao resto do álbum: as boas canções continuam, os refrões talvez amoleçam um pouco, mas a verdade é que a ideia-base está sempre lá. Os deftones fizeram a súmula da carreira da forma mais inteligente possível. Criaram um disco que, não sendo um enorme passo em frente, é um passo seguríssimo, e de grande classe. As canções são grandes, e todas de qualidade irrepreeensível, e a aposta num ou outro toque experimental foi amplamente conseguida. È como se a capa de "saturday night wrist", pudesse dizer à de "around the fur", que valeu a pena voltar a mergulhar, para depois sair em grande estilo. E com absoluto charme.
8/10
DEAD POETIC - VICES
Confesso: já andava para adquirir por meios alternativos este "Vices" há largos meses. No entanto, só depois do álbum ter saído, no dia do halloween, é que finalmente lá o encontrei por aí. Em "vices", os dead poetic conseguiram finalmente aquilo que ambicionavam, possivelmente desde sempre(e isto também tendo em conta a entrevista que deram para o blog há um ano e tal): sair das amarras do emocore. A verdade é que foram vítimas dele, tal como os deftones foram vítimas do nu-metal.
Foram colocados no mesmo saco de bandas como fich, thrice, underOath, funeral for a friend, sem se ter a percepção que a banda de Ohio, estava muito mais virada para ícones do rock como uns led zepellin por exemplo. Se, com o excelente "New medicines" isso já se conseguia perceber,agora a banda deixou em definitivo a agressividade emocional que se consegue encontrar no disco anterior, para se dedicar à feitura de bons temas rock.Sem os irmãos Shellabarger, o agora quinteto, conseguiu lançar cá para fora precisamente aquilo que idealizou. E isso é, desde já, uma inequívoca vitória.
Os temas iniciais do disco, que se inicia com a bomba "Cannibal vs cunning", onde o refrão é fantabulástico, e os acordes fortes o suficiente para um headbanging consciente, que passa por "lioness" com outro refrão de berrar até a voz ficar mais rouca que uma fadista sem tomar mebocaína, vai a "self destruct and die", um dos melhores temas que a banda já fez, dada a sua enorme coesão do princípio ao fim, passando outra vez pela magnitude refrónica embora um bocadinho mais emocional que nas outras(mas nada emozice pronto, e finalmente desaguando em "Narcotic", o primeiro single do disco, que fecha com chave de ouro um dos melhores inícios de álbuns de 2006.
Sim, é verdade: "vices" tem quatro temas iniciais muitíssimo bons, embora dos quatro é curiosamente o primeiro single, que sai enquanto elo mais fraco. Daí que acho que "self destruct and die" seria possivelmente melhor single que "narcotic"...mas isto sou eu, que até sou um bocado parvo e tudo.
O resto do disco, pode-se dizer que afrouxa um bocadinho: não a nível qualitativo por si(já que "in coma" o quinto tema e este sim o mais emocional de todos, quase em ritmo baladeiro, é muito bom) mas talvez a nível de intensidade. "Pretty, Pretty", tem um excelente riff de guitarra, incorporado num refrão de magnitude...vá boa, "Animals", tem o seu quê de grunge, embora seja uma canção muito mais ambiental que outra coisa qualquer, e o tema-título que finaliza bem ao disco torna-se um pouco mais soturno, com a voz de Brandon Rike.
Mas aqui o que conta, não é tanto o elemento da experimentação, ou a nível atmosférico/ambiental. Nem sequer a inovação sonora. O que verdadeiramente conta numa obra como "Vices" são a intensidade dos temas. Cada um à sua maneira alberga um universo particular, que se consegue depois enquadrar num tipo de rock mais comum. Mas rock muito, muito, muito muito muito bem feito. Um excelente avanço para a banda de Ohio, que possivelmente ainda vai fazer melhor futuramente. È que este disco é provavelmente uma das melhores colecções de canções que vamos ter por aí em 2006. ainda por cima uma colecção equilibradíssima, e muitíssimo coesa. Não é para todos...
8/10
Portanto as mais recentes bolachas a saírem do forno norte-americano, são deliciosas e estaladiças o suficiente, para podermos ficar a salivar por mais. Tanto "saturday night wrist", como "vices", conseguem não ter uma originalidade por aí além, mas sim mostrarem-se fortes como conujunto o suficiente, para terem qualidades mais que apreciáveis. Se o dos deftones, tem mais ambientes, tanto decorrentes da sonoridade da banda, como mesmo dos teamsleep, os dead poetic são mais crus, e vá in your face(que é como quem diz "na tua tromba", ou seja directos e tal), sem precisarem de manual de instruções. È como se formos comer um daqueles pratos do cacete, no meu caso umas boas tripas à moda do Porto por exemplo, e estarem um enorme pitéu. Não é um prato propriamente inovador, e tem sempre aquelas instruções básicas para se seguir, mas a feitura e o resultado final saem absolutamente imaculados.
E já estou farto de escrever. Arranjem mas é estes dois discos rapidamente, e vão poder ter possivelmente aquilo que o rock norte-americano tem de melhor para oferecer este ano. "Saturday night wrist" e "vices" são discos a não esquecer, daqueles que já ando farto de ouvir, mas que sei que daqui a uns tempos se os for buscar outra vez, ouço-os com enorme prazer. Por isso...arranjem-se e arranjem-nos se fazem o favor.
DEFTONES - SATURDAY NIGHT WRIST
Chino moreno "o gordo"(vá com um bocadinho mais de barriga que eu), e seus comparsas, fizeram um concerto relativamente fraco no super bock deste ano. Sim, isso é inegável: o piloto-automático daquela gente, certamente não augurava nada de bom, para o novo álbum. Afinal, "Saturday night wrist", acabou por contrariar em absoluto este receio, com um conjunto de canções inegavelmente bem feitas, algumas com certos requintes experimentais que vieram directamente dos teamsleep(o projecto paralelo de chino, que já aqui foi alvo de crítica há um porradão de tempo), mas sobretudo dotadas de algo que os deftones se calhar já podiam ter obtido há alguns anos atrás( e estiveram perto com o "white pony): maturidade. No fundo, "Saturday night wrist" é um disco de canções: todas elas bem equilibradas, fazendo parte integrante de toda a sonoridade que sempre caracterizou os deftones.
Confesso desde já a minha parvoíce, em não ter ouvido o disco anterior a este. Mas a verdade é que "minerva" deixou-me um bocado de pé atrás, e aquilo que ouvi depois disso também não conseguiu equilibrar a balança. Agora "hole in the earth", o primeiro single, foi perfeitamente capaz de revelar precisamente o contrário. È um tema musculado que assenta no poderio das guitarras, que tem talvez dos melhores riffs iniciais que os deftones já fizeram e, sobretudo!, consegue condensar tudo aquilo que a banda já realizou num só tema. Tem algum sentido de experimentação e de atmosfera, é catchy qb, e mostra as capacidades vocais de chino. Por outro lado é também um tema de relativamente fácil assimilação, com uma letra no mínimo simplista diga-se. Por ser uma espécie de resumo, dá perfeitamente para ser desde já um dos melhores temas que a banda já gravou.
Mas está claro que "Saturday night wrist" não é só isto."Rapture" é um tema muito dentro da onda que a banda já nos habituou, sem no entanto ser uma cópia barata ou reles, "Beware", bem como "Cherry waves" são excelentes temas, onde as capacidades tanto instrumentais como ambientais da banda(fico sempre à rasca quando falo de "ambientes" ou "atmosferas", não vão achar que é paleio idiota...e até pode ser um bocadinho) saem abrilhantadas,e onde a voz arrastada de chino assenta em absoluta perfeição. Já o adorno épico de "cherry waves" também não deixa de ser uma nota de destaque.
"Mein", com a participação de serj tankian dos system of a down (banda a que já achei graça, mas agora ah e tal nem por isso), é um dos temas...vá não digo mais estranhos, até porque assenta muito nas bases anteriores, no entanto talvez menos comuns. O refrão não fica na cabeça, e o tema acaba por ser mais um exercício de estilo em formato canção. A participação de serj também sai imaculada diga-se. "U,U,D,D,L,R,L,R,A,B,S", é o tema experimental do disco, que não sendo nada do outro mundo, também não sai mal na fotografia(no fundo é imaginar aqueles ambientes mais soturnos dos deftones, mas sem voz e durante 4 minutos seguidos).
Já devo ter falado de canções que cheguem...mas não era ninguém(ok continuo sem ser, mas enfim) senão falasse de "Xerces", aquele que possivelmente já é para mim o meu tema favorito de sempre da banda de Sacramento. Porquê? Bem, talvez pela magnitude emocional do refrão, pela densidade de todos os ambientes(pareço ouvir sintetizadores algures digo eu), e aquele "I'll be waving... goodbye" repetido aquelas vezes, lembra-me a excelente "change(in the house of flies), com o "haaa..haaa...". Num sentido apenas e só de memória diga-se, nada de fotocópias. Possivelmente "Xerces" será o próximo single, dada tanto a quase delicadeza da voz de chino, como a magnitude emocional que aquele refrão tem. Um dos meus temas do ano desde já.
Acabando esta análise ao disco, e porque não me apetece estar a falar de tudo, destaco só "Pink cellphone", um dos temas mais experimentais que a banda já fez. Desde o início quase minimalista, e mecânico, passando depois pela adensação da voz feminina que acaba por dominar a segunda fase do tema. Aqui sim: temos a voz, um simples beat e acabou a conversa. Nada de absolutamente revolucionário, mas ainda assim interessante e curioso. Mais uma nota em com os deftones não se preocupam só em recriar o costume.
Quanto ao resto do álbum: as boas canções continuam, os refrões talvez amoleçam um pouco, mas a verdade é que a ideia-base está sempre lá. Os deftones fizeram a súmula da carreira da forma mais inteligente possível. Criaram um disco que, não sendo um enorme passo em frente, é um passo seguríssimo, e de grande classe. As canções são grandes, e todas de qualidade irrepreeensível, e a aposta num ou outro toque experimental foi amplamente conseguida. È como se a capa de "saturday night wrist", pudesse dizer à de "around the fur", que valeu a pena voltar a mergulhar, para depois sair em grande estilo. E com absoluto charme.
8/10
DEAD POETIC - VICES
Confesso: já andava para adquirir por meios alternativos este "Vices" há largos meses. No entanto, só depois do álbum ter saído, no dia do halloween, é que finalmente lá o encontrei por aí. Em "vices", os dead poetic conseguiram finalmente aquilo que ambicionavam, possivelmente desde sempre(e isto também tendo em conta a entrevista que deram para o blog há um ano e tal): sair das amarras do emocore. A verdade é que foram vítimas dele, tal como os deftones foram vítimas do nu-metal.
Foram colocados no mesmo saco de bandas como fich, thrice, underOath, funeral for a friend, sem se ter a percepção que a banda de Ohio, estava muito mais virada para ícones do rock como uns led zepellin por exemplo. Se, com o excelente "New medicines" isso já se conseguia perceber,agora a banda deixou em definitivo a agressividade emocional que se consegue encontrar no disco anterior, para se dedicar à feitura de bons temas rock.Sem os irmãos Shellabarger, o agora quinteto, conseguiu lançar cá para fora precisamente aquilo que idealizou. E isso é, desde já, uma inequívoca vitória.
Os temas iniciais do disco, que se inicia com a bomba "Cannibal vs cunning", onde o refrão é fantabulástico, e os acordes fortes o suficiente para um headbanging consciente, que passa por "lioness" com outro refrão de berrar até a voz ficar mais rouca que uma fadista sem tomar mebocaína, vai a "self destruct and die", um dos melhores temas que a banda já fez, dada a sua enorme coesão do princípio ao fim, passando outra vez pela magnitude refrónica embora um bocadinho mais emocional que nas outras(mas nada emozice pronto, e finalmente desaguando em "Narcotic", o primeiro single do disco, que fecha com chave de ouro um dos melhores inícios de álbuns de 2006.
Sim, é verdade: "vices" tem quatro temas iniciais muitíssimo bons, embora dos quatro é curiosamente o primeiro single, que sai enquanto elo mais fraco. Daí que acho que "self destruct and die" seria possivelmente melhor single que "narcotic"...mas isto sou eu, que até sou um bocado parvo e tudo.
O resto do disco, pode-se dizer que afrouxa um bocadinho: não a nível qualitativo por si(já que "in coma" o quinto tema e este sim o mais emocional de todos, quase em ritmo baladeiro, é muito bom) mas talvez a nível de intensidade. "Pretty, Pretty", tem um excelente riff de guitarra, incorporado num refrão de magnitude...vá boa, "Animals", tem o seu quê de grunge, embora seja uma canção muito mais ambiental que outra coisa qualquer, e o tema-título que finaliza bem ao disco torna-se um pouco mais soturno, com a voz de Brandon Rike.
Mas aqui o que conta, não é tanto o elemento da experimentação, ou a nível atmosférico/ambiental. Nem sequer a inovação sonora. O que verdadeiramente conta numa obra como "Vices" são a intensidade dos temas. Cada um à sua maneira alberga um universo particular, que se consegue depois enquadrar num tipo de rock mais comum. Mas rock muito, muito, muito muito muito bem feito. Um excelente avanço para a banda de Ohio, que possivelmente ainda vai fazer melhor futuramente. È que este disco é provavelmente uma das melhores colecções de canções que vamos ter por aí em 2006. ainda por cima uma colecção equilibradíssima, e muitíssimo coesa. Não é para todos...
8/10
Portanto as mais recentes bolachas a saírem do forno norte-americano, são deliciosas e estaladiças o suficiente, para podermos ficar a salivar por mais. Tanto "saturday night wrist", como "vices", conseguem não ter uma originalidade por aí além, mas sim mostrarem-se fortes como conujunto o suficiente, para terem qualidades mais que apreciáveis. Se o dos deftones, tem mais ambientes, tanto decorrentes da sonoridade da banda, como mesmo dos teamsleep, os dead poetic são mais crus, e vá in your face(que é como quem diz "na tua tromba", ou seja directos e tal), sem precisarem de manual de instruções. È como se formos comer um daqueles pratos do cacete, no meu caso umas boas tripas à moda do Porto por exemplo, e estarem um enorme pitéu. Não é um prato propriamente inovador, e tem sempre aquelas instruções básicas para se seguir, mas a feitura e o resultado final saem absolutamente imaculados.
E já estou farto de escrever. Arranjem mas é estes dois discos rapidamente, e vão poder ter possivelmente aquilo que o rock norte-americano tem de melhor para oferecer este ano. "Saturday night wrist" e "vices" são discos a não esquecer, daqueles que já ando farto de ouvir, mas que sei que daqui a uns tempos se os for buscar outra vez, ouço-os com enorme prazer. Por isso...arranjem-se e arranjem-nos se fazem o favor.
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