"The fountain" de Darren Aronofsky
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"The fountain" é isto. emaranhado de imagens de rara beleza, juntamente com a luta de um homem em poder dar a vida eterna à sua amada. E isto misturando elementos da mitologia maia, com avanços científicos, e até ficção científica- saltos temporais que vão desde a época dos descobrimentos espanhóis(diria assim ao ar), passam pelo presente, e vão até ao futuro, possivelmente a época mais estranha, descaracaterizante, sufocante, obsessiva.
E acaba aqui. O novo filme de aronofsky é uma longa busca por um certo sentido de fé, que se vai aproveitando de uma paixão que dura séculos, e de diferentes formas de vida. È uma história cheia de experiências esotéricas, que se entrelaçam e fazem dele um objecto cinematográfico insólito.
È impossível explicá-lo. "The fountain" é uma procissão de fé. È a crença na árvore da vida eterna, em suas propriedades, é a crença num amor eterno que pode prevalecer para além do mundo. È uma crença no lado espiritual da vida. e foi com esse intuito que o realizador do grande "requiem for a dream" levou a sua avante. Num caminho árduo, complicado, que deu a origem a muitas ambiguidades. Que levou a aura de "filme falhado" ao filme, simplesmente porque quer tentar explicar aquilo que ninguém o pode fazer. Ou talvez nem o tente explicar, mas sim demonstrar uma das muitas formas de ter fé. e esta parece ser invisível. Pelo menos até aqui.
È fácil não gostar dele. Quanto um filme nos lembra de coisas como a floribella(!), é normal que comecemos a pensar que aquilo que estamos a ver é uma pepineira do caraças, embrulhada em efeitos visuais de primeira água. Que talvez a história de amor de hugh jackman, a tentar dar vida a rachel weisz(que compreende a morte mais que ninguém) ao longo dos tempos, soe de favto descabida. Mas por outro lado é a busca mais singular, estranha e intensa que se pôde ver em cinema nos últimos tempos. Pelo menos para quem fecha os olhos para isso, e se deixa levar pelo complexo esquema narrativo que o filme nos propõe.
Mais que um filme é uma experiência. sensorial. Espiritual. Sôfrega. Que nos pode alertar(ou não) para o verdadeiro significado da vida. que implica a morte. E o que o filme tenta fazer é dar-nos a total percepção disso. e nem vale a pena discorrer muito mais sobre ele, a não ser que tudo aquilo que eu estou a dizer, tem perfeita conexão com a primeira frase de cada parágrafo. "The fountain",não pode ser explicado por palavras, porque nos pede para acreditarmos nele, por mais descabido que aquilo que ele preconiza possa parecer. Por isso vão ao cinema e tirem as vossas ilacções. Eu caguei para tudo isso. A vida é de cada um de nós, e a morte é capaz de ser o nosso final mais feliz. Ou uma coisa do género.
10/10
5 Comments:
Pelo que tenho lido, este é dos que ou se ama ou se odeia. Confio no Aronofsky devido ao trabalho anterior dele e por isso espero concordar contigo quand o vir.
bem se é uma experiencia mais que tudo sensorial e bla bla deve dar para assitir por aqui...boa sugestão para o cinema de que já vou tendo saudades! hum...mas como isto é uma republica em vez de checa é banana quando o filme estrear já vou estar aí onde o filme já saiu do cinema...ai ai!
gonn, podes ter a certeza disso. E ainda por cima eu percebo perfeitamente quem o odeia- simplesmente é preciso ter de acreditar naquilo que o filme oferece. e por vezes isso não é fácil.
Brígida, podes ser que tenhas sorte...mas olha que cá o filme só estreou no corte inglés, e numa sala no porto. de qualquer maneira pode ser que quando cá voltares já esteja em vídeo..e aí possas adorar ou odiar o filme lol.
Fica bem :)
O Aronofsky veio para ficar...
Já estava sentindo falta de bons diretores nos nossos tempos.
Desde "Pi" ele conseguiu mostrar toda a sua capacidade como diretor. "Requiem" mostra um amadurecimento e uma maior qualidade... Ainda não vi "The Fountain", mas tenho certeza que só veio pra firmar a imagem de competência do Aronofsky.
Vamos lá a ver se essas certezas te saem ou não furadas... "The fountain" é a experiência levada ao extremo, o aronofsky a ir até onde consegue, estando num limiar entre genialidade e mau gosto. Eu iria para o prato da genialidade, mas muitos não o fazem.
Dele ainda não vi o "pi" e tenho pena.
Fica bem e volta sempre!
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