Monday, September 10, 2007

são americanos. tiveram hype de início. e bons discos.o que fizeram depois foi cocó do grande.

E agora estão de volta. Hopesfall e atreyu são as bandas de que falo: "a types" e "a death grip on yesterday" são os discos que menciono. Dois discos extremamente desapontantes, sobretudo no caso dos hopesfall depois do genialíssimo ep "no wings to speak of2 e do brilhante disco "the satellite years". Ambas as bandas afrouxaram. Os atreyu viraram-se para uma facção musical mais melosa, com momentos pseudo-emo capazes de figurar em temas de coisas lamechas como os my chemical romance(!). Os hopesfall, amoleceram em grande, e apenas e só quatro temas se aproveitaram- nenhum deles acima do bom, apenas dois dentro do bom.

e agora voltaram. "Magnetic north" e "Lead sails paper anchor" são as novidades, de duas bandas de quem pouco esperava. e se no caso dos atreyu, a esperança fosse menos significativa(porque honestamente nunca os achei muitísimo interessantes), o caso dos hopesfall mudava de figura: uma banda que já fora genial, entretanto mudar de guitarrista e baixista salvo erro, e depois foi o descalabro. "Magnetic north" não me pareceria ser mais que um acrescento de "a-types", talvez até pior que o álbum supracitado. Mas nada melhor que os ouvir. E perceber se aqueles desgraçados faziam mais um arrozinho de feijão em termos, ou passavam definitvamente para o mundo dos enlatados.



"Magnetic north" felizmente não responde às perguntas. Digo felizmente, porque sim: para minha surpresa, este disco é MELHOR que o "a-types". Eu que já achava que não havia esperança possível para a banda de Charlotte, vejo aqui uma lufadita de esperança a surgir. Não que seja uma ventania abusiva, já que ainda andam por aqui temas meio irrelevantes, mas felizmente há também o muito bom "rx contender the pretender", que abre o disco. E que, por si só, é melhor que o "a-types" inteirinho. Um tema sólido, com guitarras portentosas, uma boa harmonia raiva/melodia, e uma boa introdução de meia dúzia de efeitos de voz a páginas tantas. aliás, as guitarras são possivelmente o melhor do disco, todas as malhas conseguem ser uniformes, coerentes, que sabem bem o que querem fazer e como o fazer.

E isso também se nota em bons temas como "Swamp kittens" e em "cubic zirconias are forever", um tema bastante melódico, que poderia soar bem meloso(como muita coisa do disco anterior) mas em que houve de facto um cuidado por parte da banda para isso não acontecer ininterruptamente. Os pianos que surgem estão equilibrados e justificam-se, até os próprios violinos também. Talvez aquela pseudo-berraria final com o "let us go before we're doomed" podia ser meio evitada, mas enfim fica na cabeça e dá alguma intensidade ao tema.

Depois destas 3/4 primeiras bombas, o disco afrouxa bastante. De qualquer forma, os hopesfall devem ter pensado que já ali tinham material suficiente para fazer esquecer o bonito pedaço de póia que foi "a-types". Seguiram para meia dúzia de guitarradas que não levam a grande lado, e alguns temas interessantes. de qualquer forma o disco consegue ser no geral minimamente equilibrado, e nota-se aqui um cuidado grande na composição, como em "East of 1989 - Battle of the bay". Até vou ser simpático para com eles e inflacionar-lhes a nota para ver se ganham mais tomates para, pelo menos, fazerem coisas que os possam colocar num mapa mais reluzente. continuo é sem acreditar em genialidades...

7/10




Atreyu. Um dos meus temas preferidos ("the bleeding mascara" pela sua honestidade brutal em chegar ao que realmente interessa) é deles, mas em disco nunca foram nada de assumidamente relevante. Se, por exemplo "The satellite years" é para mim uma referência, no caso destes tipos daquela terra de onde saem milhentas bandas (orange county), nunca existiu um disco que realmente fosse fantástico. "The curse" é o melhor, mas não é nada de transcendente...

Mas "a death grip on yesterday" era mau. Curiosamente este nem tem um formato muito diferente do anterior. Então o que mudou?

A vontade dos atreyu em não fazer nada de muito baladeiro. não há cá melodias bacocas, não há cá grandes vozes sôfregas(bem, temos "lose it" que mesmo assim é um tema interessante, e há o tema que fecha o disco), há menos peso sim, mas continuam os refrões cola-cola que eles sempre tiveram e aquela vontade deles em que as pessoas memorizem os seus temas. È sobretudo isso que gosto neles, e é sobretudo isso que consigo vislumbrar ao ouvir este álbum.

Há alguns temas "na tua tromba", como os primeiros, mas depois até há um curioso lugar para alguns devaneios meio experimentais bem calculados e que conseguem resultar bem no cômputo geral. De quaqluer forma, mesmo estas abordagens têm os tais refrões cola-cola, e são melhores por isso que por outra coisa qualquer. O único tema, enfim mau, será o último. ainda assim volto a dizer: não é tão mau como muitos temas que apareciam no disco anterior.

Portanto, apesar de haver bastante melodia, ela consegue parecer bem menos lacrimejante. Não é o disco ideal dos atreyu, mas às vezes é preciso bater com a cabeça nas paredes, para chegar a uma boa ideia. Talvez esta tenha sido a última, e no próximo disco tenhamos apenas refrões fantabulásticos, temas a rasgar, solos rápidos e ponto final. È nisso que os atreyu são bons, e era só juntar isto e tínhamos um disco bastante razoável. E se este disco tivesse apenas dez temas, e se suprimisse o último, era bem provável que lhe desse mais uma notinha acima. Assim boca, ficam com esta e já não é mau. Bom disco para ouvir e cagar, sobretudo a primeira metade.

6/10

No fundo são duas bandas em recuperação. Uma talvez tenha sido mais rápida, embora tivesse tido a queda maior. Os atreyu, esses, estão num processo que possivelmente os levará a fazer um disco para nos tirar o fôlego. Neste era só ter acompanhado a óptima toada inicial. ainda assim anotem: experimentem sem grandes reservas, pois com estes discos não há grande perigo de apanhar dissabores. Não são sabores ultra-apurados, mas imaginem aquela miúda gira(não consigo falar para o sexo oposto lamento e tal - ou não) com que apetece dar meia dúzia de voltas, mesmo sabendo que a coisa não dará para mais. Talvez no caso dos hopesfall a coisa possa resultar.

e pronto foi isto. Próxima emissão a ver se não demora muito.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ola achei o teu blog interessante...

Quanto ao "Magnetic North" dos hopesfall, é sem duvida melhor e mais bem trabalhado que o "A types" e é uma pena este ultimo cd não ter outra projecção... porque realmente demonstra que os tipos até tem jeito prá coisa... e se estivessem numa major label, provavelmente até venderiam umas boas cópias!

Quanto ao ultimo dos Atreyu, concordo contigo que hoje em dia as bandas de "metalcore" estão a amolecer, mas de qualquer maneira a essencia metálica continua lá, acho que faz parte de uma evolução ou experimentação, axo que o que tem piada em ser músico é fazer algo de diferente, pelo menos de album para album, e acho que este "lead sails paper anchor" pelo menos revela mais os dotes de solar dos guitarristas, que até são bonzinhos...

Acho que pior do que as bandas que amolecem o seu som, são aquelas que não sabem bem o que andam a fazer no "meio da musica" como é o caso dos 18visions, que para mim morreram no album "Vanity" os seguintes são audiveis, mas quando se faz por dinheiro e não por gosto dá o que dá...

Abraços

10:35 AM  

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