VINTAGE:WEEZER-WEEZER(THE BLUE ALBUM)(1994)
Os weezer não são assim nada de extraordinário. Não têm grande técnica, não fazem nada de original, nem são grandes músicos(cuomo, se me estiveres a ler já sabes que nem por isso te acho grande coisa ao contrário do que tu pensas de ti próprio). Tudo isto parecem adjectivos negativos o suficiente para me fazer dizer "Não gosto de Weezer". Bom, talvez isso seja verdade, felizmente não é só a técnica que interessa. Nem a originalidade.Nem mesmo as qualidades de cada músico.
Interessam, acima de tudo as canções. E é dentro deste prisma que o primeiro disco homónimo da banda (primeiro disco e primeiro disco homónimo, que já houve o "the green album" depois deste) se pode inserir.
Primeiro porque tem temas solarengos. Descontraídos. Relaxantes. Pegam em estruturas musicais básicas, e transformam a previsibilidade em temas de um rock bem descontraído e balançado, absurdamente catchy e alegre. È impossível não esgalhar um sorriso, por mais tímido que seja ao ouvir temas tão vibrantes como "My name is jonas", "Say it ain't so", "Undone(the sweater song)", ou o clássico "Buddy holly", talvez a canção mais conhecida dos Weezer.
Por isso é de rock que estamos a falar. Pincelado com algumas pintadelas de pop, decorrentes da sensibilidade a fazer refrões. Até de algum emo, se nesta altura se podia falar do género, enquanto ele existe hoje.
A verdade é que os Weezer sabem perfeitamente criar grandes canções. Isto é um ponto sempre assente, sempre real.E não tendo uma técnica bem apurada, conseguem-nos envolver em riffs e solos bem catchy que nos dão uma maior perspectiva daquilo que a banda consegue fazer, dentro de um género mais que explorado.
Foi talvez por aqui que este "The blue album" se notabilizou: Poucas bandas conseguem fazer um lote de canções tão forte, com tão poucos meios. A capacidade de fazer muito em tão pouco é absolutamente surpreendente. È de facto um clássico do rock, um clássico feito em 1994, ano da morte de kurt cobain, onde o grunge dava os seus últimos passos enquanto movimento realmente vivo e activo. Um grupo de gajos a criarem canções vindas sabe-se lá bem de onde, mas com uma vibração absolutamente fresca e assaz contagiante foi, de facto obra.
Há discos de rock, feitos depois deste, assim tão bons? Talvez haja, mas não é dentro dessa perspectiva que "The blue album" tem que ser visto: Nem pela bitola de tantas bandas que tiveram algum reconhecimento, fazendo ainda algo aproximado do grunge (lembro-me duns marcy playgroun,duns tipos que cantavam "74,75" e que eu já não me lembro do nome...alguém me ajuda? ou uns collective soul por exemplo) e que não têm tanto reconhecimento como os Weezer. Temos que ver este disco, à margem de qualquer corrente e género musicais: Um disco com temas belos, fortes e intensos. Um disco onde cada tema é um potencial single, feito segundo as regras, mas de uma forma natural, fluída e espontânea. E ,acima de tudo, altamente contagiante.
9/10
3 Temas de loucura: Qualquer tema aqui presente, é mais que capaz de levar qualquer ouvinte aos píncaros auditivos. No meu caso talvez "buddy holly", "Undone(the sweater sing) e "The world has turned and left me here".
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