Nine inch nails @ Coliseu de Lisboa (12/2/2007)
Os nine inch nails são daquelas bandas(embora se possa falar apenas em "projecto", dado o controle criativo total que reznor continua a ter sobre os NIN) que já deviam ter cá aparecido ao tempo. Para colmatar essa falha, lá se afiambraram ao piso e marcaram logo 3(!) datas para o coliseu de lisboa: no último sábado, domingo, e ontem.
Antes de mais as reacções aos dois primeiros concertos foram relativamente díspares: se o primeiro concerto foi considerado inferior ao segundo, a verdade é que a setlist da estreia me pareceu melhor...basicamente estive um bocado borrado de medo, pelo facto de não terem tocado, por exemplo a "terrible lie", nem a "piggy", nem outras que me dão uma bonita vontade de andar aí a berrar feito idiota. No entanto nada disto interessava. Afinal o mais importante era perceber que, uma vez lá dentro, iria ver os nine inch nails in loco pela primeira vez na vida. e isso era o mais importante.
No entanto, começaram uns tipos quaisquer que ninguém conhecia: "The popo". Nome idiota, gajos meio parvos lá em cima, música banalíssima entre o post-punk e rock um bocado mais sujo à la death from above 1979. no entanto não se pode dizer que os gajos não tenham sido uma boa abertura. Explico: viu-se que eram uma banda totalmente descomprometida, sem grandes artifícios. Chegaram ali, deram o concerto deles, vieram embora, aqueceram o público. Para uma banda com um som bastante corriqueiro, e que ainda por cima só tem um álbum editado não é preciso pedir mais.
the pop a fazer uma cena qualquer, tipo concerto, num canto recôndito do planeta ou coisa do género
E depois foi esperar...ouvir uns quantos temas(entre eles, imagine-se!, "Farewell" dos japunas Boris, tema de abertura do grande "pink) e mirar reznor a surgir numa torrente de fumo. Eis os nine inch nails.
E começaram bem...ao terceiro tema já iam lançando o delírio com "Sin", um tema eficazmente dançável, que fez toda a gente ir à loucura. Isto depois de um início um bocadinho mais morno("Pinion" e a nova- do with teeth portanto- "love is not enough"), mas ainda assim suficientemente bom para colocar logo toda a gente mais que atenta ao que se ia passando.
A seguir foi o meu pessoal delírio com a "terrible lie", tema que queria que os gajos tocassem, nem que fosse pelo facto de ser provavelmente aquele que mais me deixa a salivar. e continuaram com "march of the pigs"...penso ter sido aqui que reznor manda o seu microfone abaixo com toda a loucura inerente ao acto. Foi de facto uma banda bem enérgica que por ali esteve. Cheia de raiva para dar, sendo que as palavras eram parcas, como é típico em reznor.
Depois, o espectáculo: o jogo de luzes, os candeeiros e o enfoque que cada um deles dava na altura certa. O próprio fumo que deu uma aura de misticismo a toda a banda. Estava tudo pensado ao pormenor, e afinal o concerto foi sempre intenso e visceral...não como se num lugar qualquer sem palco e com pouca gente, mas ainda assim visceral o suficiente para ficarmos em êxtase. ainda por cima com músicos tão dedicados à causa, como aaron north(o mesmo dos icarus line) que se encarregou de partir a sua guitarra à nossa frente no fim do concerto. Ou algo do género pelo menos. Não que isto seja propriamente o exemplo máximo de deciação, mas representa o estado dos músicos no fim do concerto. Uma loucura muito própria, que não deixou de ser notória.
Ainda assim faltam aqui momentos: como "the fragile" tocado pelo piano, com uma luz mais distante a incidir sobre o perfil de Reznor, e no silêncio a que o público chegou...foi quase um momento de partilha, onde o good old trent fazia chegar como se não existisse uma parede entre ele e nós. A raiva, a comoção, aquele sofrimento meio dissimulado de sempre(e que faz irritar tanta gente até à raíz dos cabelos), estavam ali. Se calhar as grandes razões para todos nós que fomos a um dos concertos deles, gostarmos deles."The fragile" valeu pelo concerto todo, e se não houvesse mais razões para o concerto ter sido muito bom, ele chegaria a este estatuto nem que fossem por aqueles quatro minutos.
Depois foi dar graxa. Dizer que o reznor não via nenhum local tão bom para começar aquela tour(mesmo nunca cá tendo vindo, mas não há problema que a gente desculpa). Dar-nos mais rambóia com "The hand that feeds" e "Head like a hole", pérolas auditivas que representam bem o passado e o futuro dos nine inch nails. Quanto ao resto serão memórias que ficarão na cabeça de cada um dos presentes: um concerto sujo, cheio de dedicação e empenho, que teve algumas das canções que nós já queríamos ouvir ao tempo. Pecou por curto, mas encheu claramente as medidas. Que agora nos incluam sempre nas tours é aquilo que eu peço. Pode ser reznor? Obrigado meu.
fotos: http://www.antena3.pt/index.php?article=3696&visual=1
foto de aaron north cedida com todo o amor e carinho por JP almeida do fórumsons
Antes de mais as reacções aos dois primeiros concertos foram relativamente díspares: se o primeiro concerto foi considerado inferior ao segundo, a verdade é que a setlist da estreia me pareceu melhor...basicamente estive um bocado borrado de medo, pelo facto de não terem tocado, por exemplo a "terrible lie", nem a "piggy", nem outras que me dão uma bonita vontade de andar aí a berrar feito idiota. No entanto nada disto interessava. Afinal o mais importante era perceber que, uma vez lá dentro, iria ver os nine inch nails in loco pela primeira vez na vida. e isso era o mais importante.
No entanto, começaram uns tipos quaisquer que ninguém conhecia: "The popo". Nome idiota, gajos meio parvos lá em cima, música banalíssima entre o post-punk e rock um bocado mais sujo à la death from above 1979. no entanto não se pode dizer que os gajos não tenham sido uma boa abertura. Explico: viu-se que eram uma banda totalmente descomprometida, sem grandes artifícios. Chegaram ali, deram o concerto deles, vieram embora, aqueceram o público. Para uma banda com um som bastante corriqueiro, e que ainda por cima só tem um álbum editado não é preciso pedir mais.
the pop a fazer uma cena qualquer, tipo concerto, num canto recôndito do planeta ou coisa do género
E depois foi esperar...ouvir uns quantos temas(entre eles, imagine-se!, "Farewell" dos japunas Boris, tema de abertura do grande "pink) e mirar reznor a surgir numa torrente de fumo. Eis os nine inch nails.
E começaram bem...ao terceiro tema já iam lançando o delírio com "Sin", um tema eficazmente dançável, que fez toda a gente ir à loucura. Isto depois de um início um bocadinho mais morno("Pinion" e a nova- do with teeth portanto- "love is not enough"), mas ainda assim suficientemente bom para colocar logo toda a gente mais que atenta ao que se ia passando.
A seguir foi o meu pessoal delírio com a "terrible lie", tema que queria que os gajos tocassem, nem que fosse pelo facto de ser provavelmente aquele que mais me deixa a salivar. e continuaram com "march of the pigs"...penso ter sido aqui que reznor manda o seu microfone abaixo com toda a loucura inerente ao acto. Foi de facto uma banda bem enérgica que por ali esteve. Cheia de raiva para dar, sendo que as palavras eram parcas, como é típico em reznor.
Depois, o espectáculo: o jogo de luzes, os candeeiros e o enfoque que cada um deles dava na altura certa. O próprio fumo que deu uma aura de misticismo a toda a banda. Estava tudo pensado ao pormenor, e afinal o concerto foi sempre intenso e visceral...não como se num lugar qualquer sem palco e com pouca gente, mas ainda assim visceral o suficiente para ficarmos em êxtase. ainda por cima com músicos tão dedicados à causa, como aaron north(o mesmo dos icarus line) que se encarregou de partir a sua guitarra à nossa frente no fim do concerto. Ou algo do género pelo menos. Não que isto seja propriamente o exemplo máximo de deciação, mas representa o estado dos músicos no fim do concerto. Uma loucura muito própria, que não deixou de ser notória.
Ainda assim faltam aqui momentos: como "the fragile" tocado pelo piano, com uma luz mais distante a incidir sobre o perfil de Reznor, e no silêncio a que o público chegou...foi quase um momento de partilha, onde o good old trent fazia chegar como se não existisse uma parede entre ele e nós. A raiva, a comoção, aquele sofrimento meio dissimulado de sempre(e que faz irritar tanta gente até à raíz dos cabelos), estavam ali. Se calhar as grandes razões para todos nós que fomos a um dos concertos deles, gostarmos deles."The fragile" valeu pelo concerto todo, e se não houvesse mais razões para o concerto ter sido muito bom, ele chegaria a este estatuto nem que fossem por aqueles quatro minutos.
Depois foi dar graxa. Dizer que o reznor não via nenhum local tão bom para começar aquela tour(mesmo nunca cá tendo vindo, mas não há problema que a gente desculpa). Dar-nos mais rambóia com "The hand that feeds" e "Head like a hole", pérolas auditivas que representam bem o passado e o futuro dos nine inch nails. Quanto ao resto serão memórias que ficarão na cabeça de cada um dos presentes: um concerto sujo, cheio de dedicação e empenho, que teve algumas das canções que nós já queríamos ouvir ao tempo. Pecou por curto, mas encheu claramente as medidas. Que agora nos incluam sempre nas tours é aquilo que eu peço. Pode ser reznor? Obrigado meu.
fotos: http://www.antena3.pt/index.php?article=3696&visual=1
foto de aaron north cedida com todo o amor e carinho por JP almeida do fórumsons
0 Comments:
Post a Comment
<< Home