Monday, May 02, 2005

POINTING FINGER

A DESCENTRALIZAÇÃO




A descentralização do hardcore está em marcha. Os pointing finger são disso exemplo, pois são provenientes de Faro. Mas não se pense que isso os diminui: Bem pelo contrário. Hardcore made in Portugal, com laivos de filosofia straight edge à mistura, e com o guitarrista David à conversa com o blog.

Podem dar-me um breve resumo de como se iniciou a banda? E quais foram os principais objectivos aquando da formação?
A banda começou em Agosto de 1999 quando eramos todos da mesma turma no liceu. A ideia de formarmos uma banda já vinha surgindo há algum tempo e finalmente se materializou em Agosto, quando começamos a ensaiar regularmente e a fazer musicas já com o nome Pointing Finger. O nosso objectivo inicial era o de apenas dar um ou dois concertos e pronto, mas à medida que as coisas foram evoluindo tambem os nossos objectivos mudaram, primeiro foi gravar uma demo, tocar fora do nosso meio, novos lançamentos, gravações, tours e por ai fora. É o que nós chamamos o efeito bola de neve.


A maioria das pessoas caracteriza-vos como hardcore straight-edge. Poderiam esclarecer um pouco do que trata a filosofia sxe?


Acho que se perguntares isso a cada membro da banda cada um te vai dar uma resposta diferente. Acho que o sxe muda um pouco consoante a interpretação de cada um e da maneira como o inseres na tua vida. É claro a base é a cena do não fumar, não beber e não tomar quaisquer tipos de drogas. Depois cada um sabe de si. Há que considere o sxe como algo mais politico como o boicote a certas substancias/industrias e outras como algo mais pessoal, como uma escolha pessoal que fazes para ti, para tua vida e a tua maneira de viver.


Vocês são de Faro. Como é que lidam com isso, quando toda a gente sabe que o maior movimento para concertos é nos grandes centros urbanos? Como é que unem esforços, para fazer valer essa vossa condição geográfica?

É sempre mais dificil para nós tocar mais concertos, porque por exemplo para tocar em lisboa precisamos sempre de receber para não ter de pagar do nosso bolso as viagens e isso nem sempre aconteceu. Muitas vezes o dinheiro dos concertos era dividido por todas as bandas independentemente dos gastos de cada uma, o que acho que nunca foi muito justo. Mas também não foi por isso que deixamos de fazer as nossas coisas. Acho que sempre nos mexemos bem para tentar atingir os nossos objectivos.
Fizemos já várias tours e já tocamos mais ou menos por todo o pais, por isso não acho que o facto de sermos de Faro seja assim não mau. Aliás, nem considero que seja. É sempre bom descentralizar...


O movimento hardcore em Portugal tem registado um crescimento, tanto a nível de bandas,como de ouvintes,como de concertos. Como avaliam este crescimento?
Acho que é bastante positivo. É muito bom que hajam cada vez mais bandas e mais sitios para tocar. É bom saber que há bandas e pessoal envolvido no porto, em lisboa, no algarve, pessoal dedicado e com vontade de fazer as coisas. Acho que isso só vem a beneficiar todos nós. É também essencial apoiar as cenas locais, pois sem elas tudo morre. Não serve de nada o pessoal só ir aos concertos das bandas grandes ou das bandas de fora e depois tarem-se a cagar para as bandas locais. Apoiar o esforço das bandas da 'casa' é essencial para que as coisas avancem e para atrair cada vez mais pessoal aos concertos.

Quais são os vossos principais projectos para o futuro?

neste momento estamos a acabar de escrever as musicas para o proximo lançamento que vai ser um CD de 12 musicas. Estamos a planear gravar no inicio de junho e depois ir em tour no mes de Agosto pela europa outra vez.


Para saber mais: site oficial

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