Saturday, January 07, 2006

TOP 2005

25 discos fazem parte de um top que apresenta algumas ausências, tendo em conta aquilo que foi ouvido durante o ano. Por uma razão ou outra discos como "black moutain" da banda com o mesmo nome, "Pain necessary to know" dos Ephel Duath, ou "The future embrace" de billy corgan, não entraram no top. Por uma razão ou outra, outros tantos discos também não têm presença. Sabendo que não ouvi muito daquilo que poderia eventualmente colocar aqui ,(como ulver, yob, cathedral, red sparrowes, lagwagon ou dredg) e que por isso deveria ser chicoteado 9999 vezes e comer peixe assado a todas as refeições desde o início deste mês de janeiro, até ao fim de dezembro de 2006, no entanto aqui ficam os 25 cd's que ouvi durante 2005 e que me pareceram capazes de figurar nesta lista.

Ah sim, se alguém for do tipo de pessoa vulgo..."coninhas"? e começar a dizer "ah e tal candiria, dfa 1979 e arcade fire são de 2004" tem bom remédio: Vá comer um peixinho assado daqueles bem metidos no forno e com carradas de cebola para ver o que é bom. Mas que continue a ser um assíduo leitor do blog claro. Nem que fique com hálito de boi por causa da cebola.

E, após a conversa de cócó cá está os 25 mais do ano (com um comentário curto sobre os 10 primeiros discos)

25- THE BLACK MARIA-LEAD US TO REASON


24- JIMMY CHAMBERLIN COMPLEX-LIFE BEGINS AGAIN


23- MILLENCOLIN-KINGWOOD


22- TEAMSLEEP-TEAMSLEEP


21- DAVID PAJO-PAJO


20-SHORTIE-WITHOUT A PROMISE


19- SIGUR RÓS-TAKK


18- PARADISE LOST-PARADISE LOST


17- DARKEST HOUR-UNDOING RUIN


16- ANIMAL COLLECTIVE-FEELS


15- ARCADE FIRE-FUNERAL


14- CANDIRIA-WHAT DOESN'T KILL YOU...


13- MODERN LIFE IS WAR-WITNESS


12- TURBONEGRO-PARTY ANIMALS


11-DEATH FROM ABOVE 1979-YOU'RE A WOMAN I'M A MACHINE


10- OPETH-GHOST REVERIES


Após "deliverance" e "dammnation" dois discos tão diferentes, e ao mesmo tempo irmãos de um tempo passado, os opeth abandonaram uma faceta mais atmosférica e etérea, para se dedicarem totalmente às raízes progressivas da sua sonoridade. Curiosamente já sem steven wilson, a banda parece ter criado um disco cheio de requintes técnicos, sem nunca perder as suas deliciosas atmosferas e a sua capacidade inata em escrever grandes temas plenos de epicismo e emoção.

9- HELL IS FOR HEROES-TRANSMIT DISRUPT


"The neon handshake" foi,provavelmente, um dos discos mais injustamente esquecidos de 2003. Depois daquilo que para mim é um clássico do rock moderno em potência, os hell is for heroes conseguiram fazer evoluir a sua sonoridade, sem perder a criatividade, capacidade para escrever temas de estádio(embora menos acessíveis) e,fundamentalmente, continuando sempre na bitola do grande disco anterior. A descobrir já.

8- NORMA JEAN- O'GOD THE AFTERMATH


"O'god the aftermath" foi uma das grandes revelações de 2005 a nível do hardcore, pelo menos para mim, que sou um bocado burro no assunto. Os norma jean conseguiram elevar o género para outros patamares, fundindo o hardcore mais puro e duro com uma sensibilidade quase pop em certas alturas(com distâncias bem vincadas obviamente). È com a fusão do hardcore para com outros géneros mais distantes que este álbum se torna uma mais valia, de vital importância ouvi-lo para se perceber como o hardcore pode ser tão potente e agradável nos tempos que correm.

7- BURST-ORIGO


Confesso: Acho a capa deste novo disco dos burst um bocado parva. Pronto não o nego. No entanto a rodela que está lá dentro é absolutamente surpreendente: Os burst fundem metal, hardcore, doom, pós doom, necro, e tanta coisa mais que até salta a boca de espanto. Se se quiser poupar dinheiro e comprar um pouco de tudo, sem nunca perder uniformidade e homogeneidade, este disco é absolutamente fulcral. Uma autêntica enciclopédia em forma de rodela.

6- LIGNTHING BOLT- HYPERMAGIC MOUTAIN


Chamar genais aos lightning bolt é muito pouco. Chamar doidos varridos, esquizofrénicos, paranóicos e nomes afins são epítetos muito mais adequados à natureza da banda. E com uma sonoridade extremamente complexa, baseada em instrumentalizações frenéticas e numa insanidade que resulta num álbum totalmente ovni em todo o sentido da palavra: Não se sabe de onde veio, qual foi a parte do cérebro que a banda usou para conceber o álbum, mas da genialidade à loucura vai um passinho de bébé. e este disco é mesmo genial.

5- NINE INCH NAILS-WITH TEETH


Trent reznor é aquela figura que suscita tanto amor como ódio, decorrente da forma sofredora em como debita as suas vivências. Tanta gente há que venera o rock industrial da banda composta por reznor e por reznor, e tanta gente há que julga que reznor nada mais é que uma fraude apostada em debitar um debandar de lugares-comuns. A verdade é esta: Se, para mim, os nine inch nails sempre tiveram um som extremamente aprazível auditivamente, com uma compilação de verdadeiras canções, adaptadas a todos os ambientes criados pela banda, essa sonoridade ganha ainda mais relevância. O disco da maturidade de reznor? Talvez.

4- DEATH CAB FOR CUTIE-PLANS


A chamada indie-pop dos death cab for cutie sempre deu primazia à tocante simplicidade das suas canções, para criar discos. Juntando o talento inato para as elaborar, adicione-se a bela voz de ben gibbard. "Plans" é um disco honesto belo, muito belo, repleto de temas enormes, uns mais tristes e deprimentes, outros mais alegres e vibrantes, mas sempre com emoções fortes reais e, sobretudo, tocantes e recheados de candura. Disco pop do ano, álbum do ano para todas as pessoas que querem um disco repleto de enormes melodias.

3- SUNN 0)))-BLACK ONE



O necro, género de eleição deste duo coberto com vestes de monge, é um dos géneros mais marginais já existentes. Para aqueles habituados a pseudo pop esfuziante, ou para os do hip-hop "gajas boas-cadillacs-medalhões-anéis" o necro jamais poderá ser considerado sequer música. Mas é-o. È um tipo de som que não consegue, nem quer, ser para todos os ouvidos. Quem tiver estômago que o aguente quem não tiver...Que não se aproxime. Agora , tirando os problemas estomacais do caminho, "black one" é um pântano lamacento, onde não faltam gritos cavernosos, e atmosferas altamente deprimentos, quase resignadas com o escuro enquanto existência. E ente tanta negritude soçobra uma sonoridade absolutamente fantástica, recheada de dor e solidão que tocará, sem apelo nem agravo, a todos aqueles que se aproximarem desta obra. e tiverem estômago para a engolir. O negro como maravilhoso engodo musical.

2- PORCUPINE TREE-DEADWING


"Deadwing" é uma paisagem. Uma paisagem verdejante, com um lago bem no centro, coberta por frondosas árvores e delicadas plantas. Mas uma paisagem que se transforma tenebrosamente quando anoitece. e produz temas suaves e quentes como a maravilhosa "lazarus", e depois surge negra e dura com "arriving somewhere but not here". O curioso é que tudo aparece harmonioso e lógico, enquanto a viagem vai durando. E com temas como o hard rock de "shallow" ou a ofuscante "halo", bem como o ensaio progressivo que possui o tema título. E os porcupine tree são, sem margem para dúvidas, uma das bandas mais estimulantes da actualidade.

1- PELICAN- THE FIRE IN OUR THROATS WILL BECKON THE THAW


Ter este álbum um baptismo auditivo, quando regressava de carro após ter ido pôr a minha irmã ao concerto dos d'zrt em torres vedras, não é de todo uma forma de fazer juz a um disco destes. Um disco quente e caloroso, um disco recheado de pormenores técnicos a descobrir, um disco sem voz mas com grandes canções, um disco que é todo um ror de arte ao serviço do ouvinte. Absolutamente fantástica do princípio ao fim, esta variação mais rockeira do pós-doom. E "autmn into summer" tem que ser o melhor tema do ano.



E os bitaites estão mandados. Vamos agora ouvir com atenção o que 2006 nos vai trazer, para depois se estar daqui a um ano a mandar novos bitaites sobre aquilo que se ouviu. Pela minha parte estarei atento a novas edições de discos como o novo de katatonia, mogwai, atreyu ou danko jones. Muitos mais serão com certeza. E agora deixo aqui o link do best of do ano passado onde o maravilhoso disco dos neurosis era absolutamente primeiro, e a inovação em forma de rodela dos the dillinger escape plan era absolutamente segunda:

http://o-som.blogspot.com/2005/03/os-melhores-de-2004-finalmente-o.html

2 Comments:

Blogger Spaceboy said...

Dos discos que estão na tua lista, gostei bastante de DFA 1979, Arcade Fire, Animal Collective, Sigur Rós. Também gostei de Lightning Bolt, Team Sleep e Nine Inch Nails.
Os discos de Jimmy Chamberlin Complex e Death Cab for Cutie foram umas desilusões para mim, principalmente o 1º, porque como sou fã de Pumpkins esperava algo bem melhor do Jimmy.
O disco dos Sunn O)) já aqui está pronto para audição.

12:44 PM  
Blogger João D. said...

Compreendo a tua desilusão pelo álbum do jimmy, eu próprio também tenho os pumpkins como banda favorita. Ainda assim o disco pareceu-me ter algumas qualidades, nomeadamente em certas canções, como o muito bom tema-título. O de death cab achei-o um excelente compêndio de temas pop contagiantes como existem poucos.

Tenta ouvir alguma coisa de porcupine(saca pelo menos a "lazarus") e ouve a "autumn into summer" dos pelican para ver se gostas. Se já ouviste os dois discos passa à frente nesta parte.

Quando ao disco de sunn 0))) é genial. Só que foi dos discos mais complicados de assimilar que eu ouvi até hoje.

9:36 PM  

Post a Comment

<< Home