Friday, July 13, 2007

ALIVE!07 @ passeio marítimo de Algés - 9/06/07




E no segundo dia do Alive veio o concerto do ano. Isto parece-me algo indefensável diria eu, já que pessoalmente não estou a ver mais nada melhor do que ver o corgan a debitar vocal e instrumentalmente aqueles temas que me acompanharam enquanto puto pequeno(agora sou um bocadinho maior embora ainda seja um puto do caraças.) Ok até estou: a formação inicial dos smashing a tocar uma playlist seleccionada por mim.
Porque de resto, o festival das casas de banho de porcelana, deu-me aquele típico concerto do "antes de ser já o era", com corgan e sus muchachos a fechar a noite que começou bem cedo comigo a apanhar a bela da seca de uma hora e meia, à espera do povo.

Depois disto, e já lá dentro deu para mirar os dapunksportif. Com um nome que eu sinceramente acho um bocado idiota, a banda de peniche conseguiu captar minimamente uma reduzida audiência que estava na fase mais primitiva de aquecimento. E cujo maior esforço na altura era o manual, de empinar cervejas para o bucho. de qualquer maneira os penichenses mostraram-se enérgicos e dedicados, percebendo que a oportunidadede se mostrarem a mais gente tinha de ser agarrada. Era ver o vocalista a tentar dar algumas palavras de ordem(sem sucesso, mas valeu o esforço), ou a publicitar a banda o melhor que podia, numa atitude de normal marketing. No entanto o melhor que tudo, foi ver que "ready.set.go!" o disco de estreia, é uma desculpa excelente para actuar ao vivo. Porque aqueles temas das duas uma: ou se ouvem num descapotável percorrendo as belas praias do oeste, ou num concerto com fortes descargas de adrenalina.



dapunksportif(ao vivo no XII festival de música moderna de Corroios - retirado de70-200.net)

Dapunksportif meio que acabam, vou-me embora e lá me famialirizo com os magníficos preços costumeiros de festival. Depois é juntar meia dúzia de mal-dispostices e excesso de álcoól no sangue, e tudo a andar para a zona do palco principal, ouvir um tudo nada do fim dos triângulo de amor bizzaro, a chamada banda do lobbi: sinceramente como raio uma banda espanhola que nnguém conhece de lado nenhum e, por aquilo que ainda ouvi, nem é nada de especial, tem honras de estar no palco principal? Quem raio obrigou covões e sus muchachos a enfiarem-nos lá? Enfim o momento twilight zone do festival.

E a seguir apareceu o formato bem-comportadinho e engomadinho de armando teixeira, com os balla. Lobbi mais pequeno certo, mas ainda lobbi. È verdade que os balla foram uma introdução à última da hora, para substituir já não me lembro quem mas estou aqui a ver já uma boa dezena de bandas que podiam tê-lo feito, e que se adequam mais ao tipo de palco como o do alive. Olha vicious five ali todos giros e fofos, em vez no palco/tenda do dia seguinte...

De qualquer forma os balla têm classe e estilo. È uma pop, a meu ver meio chocha, mas de qualquer maneira não é uma banda de post-punk vinda do sei lá onde a aterrar ali à bruta. O concerto foi profissional,competente q.b mas vindo de uma banda que não está , de modo algum, talhada para palcos grandes como aquele, nem me parece que pudesse ter sido muito melhor... de qualquer forma ainda foi minimamente agradável vá.



(balla no alive! - retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8878)


Da maioria das bandas que compõem aquele pseudo-rock antena3 de cariz revivalista e que leva no rabo do pós-punk(ou uma coisa do género), os white stripes são dos menos insuportáveis apesar de tudo. Estão longe de ser a melhor coisa do mundo, e têm temas enfadonhos comá porra a meu ver, mas "seven nation army" é uma boa canção, e lá pelo meio ainda têm uma ou outra audível.

O alive serviu para o concerto com o palco mais pipi do festival( quando os hives vieram ao superbock o palco também estava altamente pipi...esta gente imita-se uma à outa até na pseudo-originalidade do "cenário"), sendo que predominavam as naturais cores de vermelho e branco. Tentando afastar-me minimamente da sonoridade em si, é inegável que os white stripes deram um bom concerto, e que é muitíssimo boa a sua forma de "encher" o palco já que jack e meg andam por lá sozinhos e abandonados. Os temas foram bem debitados, algumas pessoas estavam num bonito momento zen, e o ex-casal esteve bem competente nas suas funções.



white stripes no alive! retirada de: http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8850

O que não quer dizer que o concerto tenha sido a bomba-enérgica que tanta gente esperava. Ok, "seven nation army" que obviamente fechou a actuação, contradisse esta regra, mas foi a única. E, para irmos a modos que a fazer um balanço geral, temos um bom concerto, mas que podia ter sido do caraças ponto 1 se eu gostasse de white stripes, e ponto 2 se eles tivessem sido mais enérgicos em palco. Mas não, não posso dizer que não tenha gostado pronto. contentes?

E foram uns 6 anos à espera. 6 anos de adolescentes emoções,vivências, e tudo o mais para chegar o momento certo. A chuva veio. E com ela os smashing pumpkins.


foto retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8866

Ou o que resta deles. Ok, aqui na foto falta o chamberlin, mas perceberam a mensagem. De qualquer maneira isso era o menos: ali estava o corgan, pronto a tomar conta da vontade das 20/30 mil pessoas em ouvi-los ao vivo, passado todo este tempo. E foi isso que os "novos" Pumpkins, fizeram. Ainda por cima começaram com o raio do "today" para dar azo a esse belo comeback com a benção de S.Pedro. O concerto todo foi fabuloso, e os meus momentos altos foram claramente as escutas de "rocket"(onde era o único a cantar bah) e "cherub rock" pois claro.

O resto foi sobretudo um exalar das magníficas canções que os pumpkins têm e sempre tiveram: embora não tenha sido giro e fofo o facto de não me lembrar agora de nenhum tema de "gish" que tenha sido posto ao barulho. Isso e não terem tocado a "muzzle", a mayonaise", a "love", a , "crestfallen", a "porcelina of the vast oceans", a... pois. Quanto à banda em si, pareceu-me coesa o suficiente para bons vôos, embora não tenha gostado dos "cheirinhos" de "zietgeist" que a banda ainda emanou: pareceu-me um bocado mais do mesmo, tendo em conta que o "mesmo" já tem uns 7 aninhos. Mas enfim isso não interessava.



foto retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8866

Foi portanto o melhor concerto do ano. Mesmo que, se fosse analisar isto de um modo fresquinho e meramente esquemático, diria que não teria passado do bom. A banda esteve correcta, corgan foi comunicativo qb, mas nada que tenha lançado os pumpkins no mais profundo brilhantismo. Ainda por cima com um claro abuso de meio virtuosisimo, que assolou sobretudo a parte final do concerto. No entanto, tendo em conta quem são os smashing, e sobretudo tendo em conta as suas galácticas canções, este só pode ter sido o concerto do ano: o concerto que queria ter tido há uns anos mas não pude, foi este. Ponto ponto.

Em relação ao alive! em si, valeu pelos pumpkins. Ser uma tenda secundária, em vez de um verdadeiro palco secundário, só se pode justificar porque existiam concertos nos dois palcos à mesma hora. Estarem os balla e uma banda espanhola de que ninguém ouviu falar no palco principal, só pode ser cunhadice de alguém(então no caso espanhol, sem dúvida). O resto foi um festival escorreito, que só pecou a meu ver por não ter tido naquele dia mais bandas, das quais eu realmente gostasse ó sério. Mas tiveram lá os pumpkins e isso valeu por tudo.

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