Friday, May 06, 2005

STROKES-IS THIS IT(2001)



Olá. Nós somos os Strokes. E temos grande pedrada. Aliás andamos sempre pedrados. Não se vê logo pelo inlay deste "this is it?". Ah também temos a mania que sabemos fazer canções e que somos muito rock. A verdade é que os riffs nunca têm poder nenhum, a batida é sempre igual e o julian não consegue mudar de voz nunca.


Bem este pequeno texto introdutório deu para perceber alguma coisa? Se não deu então é simples e passo a explicar:
"Is this it" é de 2001. Altura de um hype em relação ao chamado rock revivalista onde bandas como strokes, hives, interpol,black rebel motorcycle club,vines, entre outras deram cartas. Deram foi o baralho todo trocado: De todas estas só se aproveitam brmc e talvez interpol(porque nunca os ouvi tenho que dar o beneficío da dúvida. O resto? È plágio descarado de obras de uns velvet underground e de bandas afins que apareceram por volta daquela altura. Pelo menos os strokes. As outras mencionadas preocupam-se em tentar fazer tudo igualzinho às bandas mais rockeiras que existiam nos sessentas setentas.

E se por aqui houver algum erro de cariz histórico, o erro é apenas e só esse. Porque tudo o que este tipo de bandas fazem é um crónico "onde é que eu já ouvi isto?" que ainda por cima não tem nenhuma vertente rambóia. Explico: Eu gosto de certas bandas de pop-punk.Que não são particularmente inventivas. De qualquer maneira têm uma vertente rambóia, com guitarras que sobressaiem, vozes que agudizam, refrões catchy...são boas bandas no sentido que entretêm às mil maravilhas e não querem fazer mais nada que isso. Nada contra, até porque bandas destas são sempre bem-vindas.
Então qual é o problema dos strokes? È simples: Levam-se demasiado a sério. Gerou-se um hype ridículo com um conjunto de bandas que sabem ir sacar riffs ao passado e adaptá-los sem conseguirem um décimo de qualidade das suas fontes. E por outro lado não possuem uma vertente de entretenimento, tentam-se sempre levar a sério, quer pela imagem, ou por um pseudo-poder de guitarras que têm a mania que possuem.
O que os strokes fazem é simples: Fazem uma batida base, metem julian a cantar da mesma maneira e acabou. Tudo o resto é um desfiar de lugares-comuns sem qualquer tipo de rasgo inventivo, e com a mania de se ser muito indie e alternativo.E parou por aqui.

Canções? Enfim "alone,together", "hard to explain"(pelo bom refrão que tem) e "last nite" são as menos más. Não são propriamente grande coisa e "last nite" é particularmente irritante porque está plenamente convencida que é uma bomba rock ácida e mordaz e acaba por ser um bombom cheio açucar, que provoca diabetes a quem lhe der a primeira dentada. Aliás é um albunzinho muito açucarado este. Com as batidas todas organizadinhas, a voz de julian sempre muito certinha e praticamente sempre no mesmo timbre, o disco destila açucar por todos os poros.

Agora pergunto: Quem raio consegue achar isto a última maravilha musical à face da terra? Não consigo perceber por todas as razões já enumeradas. È um facto que não gosto do disco, e que até tenho orgulho disso. È um facto que adoro detestar os strokes. Mas se eles fossem de facto inventivos como têm a mania que são, talvez até gostassse deles. Agora assim...Nem pensar. Vejo-os mais como um produto pré-fabricado por uma máquina indie sedenta de inventar hypes e cultos em todo o lado,onde se tentou implementar uma imagem toda rebelde e rockeira a uma banda que pouco ou nada tem para oferecer.
Já agora que alguém os quiser chamar como banda de rock...Por amor de Deus vá ouvir danko jones ou gluecifer, considere strokes como indie ou seja o que for, mas não descridibilize o rock com uma coisa destas. Eu por mim passo. 3/10

temas de loucura: não há nenhum...os menos maus são "last nite","hard to explain" e "alone,together".

3 Comments:

Blogger Che Nascimientti said...

Os Strokes são uma banda fantástica para quem gosta de andar alegre, desprendido. Orelhuda por definição, a banda de Julian Casablancas tem refrões bem conseguidos e as músicas são bastante rápidas. A fórmula do costume, reinventada por eles, a que muitas outras bandas do renovado movimento nova-iorquino aderiram. Muito arty, pouco arty, mais punk, menos punk, mais electro ou mais cru, o novo-rock está aí e recomenda-se (pelo menos durante algum tempo), e isso deve-se em parte aos Strokes. Isto seria uma análise de um qualquer acreditado jornalista da matéria, por exemplo, do BLITZ. Imparcialidade?!

Agora sinceramente. Eu sou um seguidor dos Strokes, um fã da sua música e tenho a dizer que eles lançaram um segundo álbum bastante bom e que toda a banda é facciosa naquilo que faz e segue por um caminho e não por outro. Esses caminhos que se escolhem e se percorrem, têm é que ser sinceros e autênticos, transparentes e puros. Enquanto assim for nada a apontar. Por isso e muito mais, os Strokes estão bem e eu recomendo-os.

12:54 PM  
Blogger João D. said...

O problema está aí. Sinceramente não me parece que os strokes andem por caminhos "puros" ou "sinceros". Porquê? Olha lá bem para o som deles. Inovaram alguma coisa? Não. Têm algum tema no disco que, pelo menos a mim, me faça berrar cantar, ou pelo menos apreciar? Não. Não os considero sequer catchy. Por isso a vertente originalidade e rambóia estão postas de fora. Não ouvi o segundo disco de strokes, por isso não posso dizer grande coisa acerca disso. Agora deste posso: E achei-o altamente desapontante, para além de jamais poder considerar como "novo rock" ( e strokes está muitíssimo longe de ser rock) uma banda que faz basicamente o mesmo que outras fizeram há uns bons anos atrás. ainda por cima sem conseguir ser minimamente contagiante.

6:17 PM  
Blogger João D. said...

E já agora...wow foste colocar um comment de dezembro no teu blog. Mas tudo bem, isso é perfeitamente possível. Achei curioso só isso. Fica bem []

6:18 PM  

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