Sunday, April 17, 2005

VINTAGE: SMASHING PUMPKINS-SIAMESE DREAM(1993)



Nova secção aberta neste blog. A selecção vintage vai falar, fundamentalmente, sobre discos que, de uma maneira ou de outra, me entraram no ouvido de um modo especial. Apesar de já lá ter o "apathy and exhaustion" dos the lawrence arms, esta é a primeira review dentro deste âmbito. E agora contrinuando a breve introdução a esta humilde secção:Não precisam de ser álbuns clássicos no sentido geral do termo, mas sim clássicos para mim. Os álbuns que mais prazer me dão ouvir e que já tenham uns anitos, estarão aqui presentes. Haja é paciência pare eu fazer mais reviews destas.
Começo com o segundo disco dos smashing pumpkins, por talvez representar melhor o espírito que pretendo desta selecção.È verdade que o nome vintage parece mais uma colheita de vinho, do que propriamente uma selecção de álbuns, mas consegue-se perceber plenamente o objectivo desta secção.
E depois das apresentações,vamos ao que propriamente interessa: A crítica a este álbum.
Segundo disco da banda de Billy Corgan. após a apresentação, um disco com laivos de experimentalismo rock, e com alguns pós de grunge(perfeitamente normais para um disco que foi lançado no ano "nevermind") produzido pelo guru butch vig que também produziu o já falado "nevermind".
Canções como "rhinoceros", "i am one", ou "bury me" fizeram de "gish" um disco com excelentes apontamentos de um rock com grunge à mistura,mas onde uma faceta experimental não era deixada de parte, bem como alguns apontamentos melódicos. Basicamente criou-se um grande disco e os pumpkins criaram um som só deles.
"Siamese dream"(também produzido por vig) é uma espécie de evolução em relação ao "gish". Os experimentalismos ficaram quase todos de parte,cedendo o seu lugar às canções. Magníficas canções diga-se: Todas elas criadas a preceito. Cada uma delas com uma grande carga de inocência e ingenuidade, com sentimentos reais e profundos, com desilusões, ou ilusões desfeitas. Com uma emotividade rara em bandas com apenas 2 álbuns editados. Cada canção tem uma história para contar, tem acordes deliciosos, vozes que nos ecoam como mel, riffs contagiantes. Umas mais pesadas outras mais melódicas. Outras pesadas e melódicas. Mas todas elas de uma perfeição absoluta.
Estar agora a caracterizar cada tema é tarefa bem complicada, porque cada canção é um mundo. Uma criação estética igualada a grandes génios. Ainda assim não há como fugir do contágio absoluto de "cherub rock" do rock musculado de "quiet" da doçura de "today", do delírio estético e épico que tem "hummer". Ou do grito de ipiranga que é "rocket". Ou de todas as outras. A excelência de "soma", que é uma espécie de compêndio de todo o disco, uma espécie de cartão de visita, ou de "disarm" aquele tema de emoções sérias e reais, com uma letra fabulosa. Ou talvez o melhor tema que os pumpkins já gravaram, o melodioso, triste e forte ao mesmo tempo, onde cada nota ecoa como um adocicar de uma conjuntura de desespero. Onde cada frase é um poema. Onde..Nem vale a pena dizer mais. È assim "mayonaise". E são assim todos os temas de um álbum de uma banda crente no futuro, mas que aqui apresentava uma deliciosa ingenuidade, que para muito contribuiu para que este disco não fosse formalmente perfeito: Mas é-o a nível de emoções. È talvez o meu disco favorito de sempre, e quem nunca o ouviu bem que pode ser acusado de heresia. 10/10

3 temas de loucura:"Cherub rock","mayonaise","soma"..mas também "quiet","hummer","today", "rocket","disarm","geek USA","silverf*ck","sweet sweet","luna","spaceboy". ou seja TODAS e acabou a conversa

1 Comments:

Blogger gonn1000 said...

É um belo disco, com momentos excepcionais como "Soma" e "Disarm", mas ainda assim prefiro o "Adore", esse sim um álbum perfeito...

1:07 PM  

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