Friday, July 22, 2005

BLIND CHARGE

DESCARGA MUSICAL



Os Blind charge são uma das bandas que comprova um dado já adquirido: Há cada vez mais talentos na zona norte do país. Misturando rock, toadas mais alternativas e (porque não) algumas influências mais pesadas, já conseguiram ter um rol qualitativo de canções bem apreciável.A ler as palavras do vocalista Pedro Ferraz, no último post deste blog antes de um período de férias de, pelo menos, 9 dias:

Como surgiu a ideia de fundarem os Blind Charge?

A ideia de formar a banda, surgiu da minha parte (Pedro Ferraz) e de um dos guitarristas (Telmo Martins). Queríamos um projecto, onde pudéssemos expôr as nossas ideias musicais. Um projecto sério, mas acima de tudo um projecto de amigos onde nos pudessemos divertir, fazendo o que todos nós mais gostamos: Música.


Que tipo de som consideram ser o vosso? Têm algum rótulo para o vosso som, ou não gostam desse tipo de aspectos?

Nós não gostamos de rótulos. Acho que a sua existência é perfeitamente natural, pela necessidade das discográficas e do público em geral poder inserir o som de uma banda, com um tipo de som generalizado. Rock Alternativo é a nossa resposta habitual para esse tipo de pergunta.


Vocês são do Porto. Como está o movimento underground do Porto? Há muitas bandas? Têm salas de espectáculos decentes, para além do hard club?

O movimento underground do Porto está cada vez mais em alta. Acho que é notório o seu crescimento. É possivel acompanhar bandas com muita qualidade da zona do Porto, a desenvolverem um óptimo trabalho pelo país fora.


Já têm algum ep editado? Estão a fazer planos para isso?


Nós apenas possuímos uma maquete,que gravámos em meados de 2004. Temos em perspectiva uma nova gravação com novos temas, com mais qualidade. Mas ainda não pensámos sobre a possibilidade de ser um EP, ou uma maquete. É uma questão com pouca relevância para nós.


Voltando à questão geográfica: Sentem-se, de alguma forma, beneficiados ou prejudicados por serem do Porto, ou hoje em dia esta já é uma falsa questão?

Acho que seja uma falsa questão, acho que se deve dar mais valor à música em si do que propriamente à região donde provém. Nunca nos sentimos prejudicados ou beneficiados, em relação à nossa proveniência.


Vão agora ter um concerto esta sexta(hoje) no hard club, têm algum tipo de expectativas?

As expectativas são as mesmas de sempre: Dar o nosso melhor em palco! As bandas que tocam comnosco nessa noite(hoje), são bandas nossas conhecidas, por isso decerto que vai ser uma grande festa, com toda a gente a dar o máximo. Nós, no dia a seguir temos concerto em Guimarães e a filosofia é a mesma. Tanto para o concerto de dia 22, como para o de dia 23.


Como é que caracterizariam as vossas performances ao vivo?

Ao vivo gostamos de mostrar a nossa força e energia. Tal como o nosso próprio nome indica, as actuações ao vivo são sempre uma "descarga cega" de energia. Gostamos de aproveitar o momento em palco e as oportunidades que nos são dadas.


Neste momento que objectivos pretendem realizar futuramente?

Neste momento, apesar de muitos concertos na agenda, estamos em fase de composição de novos temas, e estamos já a preparar o nosso videoclip. Queremos fazer as coisas com calma, como vem sendo normal.

http://www.myspace.com/blindcharge


http://www.purevolume.com/blindcharge

Thursday, July 21, 2005

Candiria-What doesn't kill you...(2005)




Quem são os candiria? Sim, esta pergunta faz todo o sentido. E ainda faz mais, se atendermos ao passado recente da banda: Devido a terem sobrevivido desse passado recente, ainda são uma entidade ainda são, ainda se mantêm.

Este palavreado pode parecer demasiado filosófico, ou inócuo e fútil,mas a verdade é esta: Este "What doesn't kill you..." é um álbum feito por milagre. E não é por acaso que surge,na capa do álbum, uma carrinha bastante maltratada como se tivesse tido um acidente.
E foi mesmo isto que aconteceu à banda: A carrinha onde viajavam, sofre um acidente e todos os elementos ficaram bastante maltratados, em risco de vida. Salvaram-se todos milagrosamente e então, aparece este "What doesn't kill you..." cujo título diz tudo.

Que tipo de som têm os candiria? Uma mescla de rap,rock,metal,hardcore,e algum jazz à mistura. Em toda a sua discografia são típicos certos devaneios jazzísticos que, com uma toada muito virada para um certo rap-metal define um carácter bem vincado da banda.Por isso se convencionou chamar aos candiria "jazz-core", pois com tantas influências diferentes na sua música, era completamente impossível identificá-los com um rótulo já estabelecido, algo tão importante para os meandros da indústria musical, tanto mainstream como underground.

Mas que se ressalve desde já: Quem está à espera de um disco com muitos elementos vindos do jazz, enrolados num turbilhão sonoro mais pesado, que se desengane. Os candiria esqueceram o jazz: E em parte esqueceram também experimentalismos mais delicados(exceptuando a última faixa "the rutherford experiment" que quase parece rock progressivo). Aqui tornaram-se mais crus e fizeram canções: Temas grandiosos liricamente e também a nível sonoro, baseados acima de tudo dentro de uma toada mais virada para o rap-metal, mas nunca atingindo claramente uma baliza sonora definida.E existem grandes temas como "Down" ou "The nameless king", passando pelo já referido experimentalismo em "The rutherford experiment".

Um disco muito sólido e seguro, onde os candiria colocaram a maioria dos seus elementos sonoros, em prol de um forte conjunto de temas. Não existe aqui um equilíbrio totalmente doseado é certo: Alguns temas não são tão bons como os já referidos,mas pior que isso não são talvez surpreendentes o suficiente para considerarmos o disco genial.Ainda assim, e vendo as coisas pelo geral, o que aqui os candiria nos proporcionaram foi,acima de tudo, um álbum sobre realidades, sobre acontecimentos, sobre a vida.Com instrumentalismos catchy e originais o suficiente para nunca nos cansarmos do álbum.Por isso ele é muitíssimo razoável, não sendo genial. De qualquer forma é sempre bom saber que, após algo completamente adverso como um acidente deste calibre, os candiria não baixaram os braços e deram-nos mais uma excelente obra. Ainda que não seja genial. Mas nunca esqueçamos que, o que não nos mata, torna-nos mais fortes. Talvez ainda veremos algo mais forte que este "What doesn't kill you...". Eles assim o queiram.

8/10

3 temas de loucura: Down,The nameless king,Remove yourself

Tuesday, July 19, 2005

CONTRATEMPOS

REAIS VIBRAÇÕES



Os Contratempos são dos poucos projectos em Portugal que produz ska revivalista. Falou-se com a ,muito comunicativa, banda que nos relatou histórias de formação, do próprio ska e de diferenças entre o ska mais puro e a sua fusão com outros géneros. Sempre numa toada honesta e sincera. A conferir pelas palavras do guitarrista Alex e do teclista Luís:


Qual é a génese deste projecto?

Antes de mais, obrigado pela entrevista! É sempre bom que alguém nos deixe contar a nossa própria versão das coisas! Ora, tudo começou quando eu (Alex, guitarra) conheci o André (bateria), na primavera de 2003. Descobrimos que ambos gostávamos dos mesmos estilos, e com a mesma devoção. Daí a começarmos a tocar juntos foi um instante. Decidimos fazer uma banda de tributo a uma das nossas mais fervorosas paixões musicais: The Clash. Os melhores amigos do André também andavam nas lides musicais, e acabaram por alinhar naturalmente. Foi assim que convidámos a Teresa (baixo). O Luís (teclas) costumava aparecer para dar uns toques de guitarra. Depois surgiu o Festival Ska Explosion em Barcelona, que fomos ver e que nos marcou bastante. Falando por mim, desde que comecei a tocar em bandas sempre quis tocar Ska tradicional, e nunca me tinha surgido a oportunidade por falta de músicos dispostos a tal. Porém, cedo descobri que naquela banda onde andavamos a imitar os Clash, havia o potencial para tocar o tão ansiado estilo. Desta forma, quase que espontaneamente, começámos a subtituir "White Riot" ou "I Fought the Law" por "Guns of Navarone" e "Rudy, a Message to You". Depois os músicos foram-se integrando pouco a pouco, à base que a Teresa, o André, o Johnny (sax) e o Luís (teclas) conformámos no início.


Vocês têm uma formação numerosa. Penso eu que, sendo algo normal para o género que praticam, ainda assim deve ser complicado por vezes. Como é que se conseguem arrumar em palco? E como é que conseguem gerir as diferentes personalidades de cada pessoa?

Boa pergunta. Em palco não é assim tão difícil. O único problema é que todos gostamos de ficar à frente! (risos) Mas como não dá para todos, acabamos por instituir o factor voz como condição preferencial. Isto é, quem canta fica à frente e quem não canta fica atrás. Por isso é que, exceptuando o baterista e a baixista, todos ficam à frente! Ora, a questão da personalidade é mais difícil. No início eu era extremamente exigente e teimoso. Nem sei como é que o pessoal me aturava. Agora é tudo muito mais simples: Desde que a nossa anterior vocalista saíu, o clima de paz e harmonia é muito mais palpável. Ainda há alguns choques de vez em quando, como é óbvio, sobretudo quando se trata de compôr, ou arranjar mas isso parece-me a mim que é absolutamente inevitável. Funcionamos muito na base da democracia, e valorizamos a opinião de cada membro, se bem que existem ocasiões concretas em que alguém tem de se impôr, tomar uma determinação firme e os outros simplesmente acatam. Já calhou ao baterista, ao saxofonista, ou a mim, por exemplo.


Como surgiu a oportunidade para fazerem o disco? Como foi o posterior contacto com a rastilho, para efeitos de distribuição?

A oportunidade de gravar o disco foi um pouco um milagre. O André (baterista) conheceu o João Mendes, o nosso actual vocalista, e 2 dias depois estávamos no estúdio caseiro dele a gravar! Foi um altruísmo do Mendes, daqueles que já não se usam hoje em dia. Tivemos muita sorte nesse aspecto, mesmo tendo em conta que as condições do estúdio eram muito precárias. A Rastilho contactou-nos quando ainda nem tinhamos o CD pronto, e eles nem tinham ouvido o disco sequer, o que nos parece ser muito bom.Mais tarde, quando ouviram o nosso CD, confirmou-se o interesse da parte deles, o que para nós é um passo importantissimo na divulgação do nosso projecto.

Como foi o processo de composição do álbum?

Foi aos poucos. Quando demos o nosso primeiro concerto apenas tínhamos um tema, mas ao longo dos meses que transcorreram até a gravação, fomos sempre escrevendo mais temas, sem ter em vista o objectivo do disco, mas sim o de constituir um repertório nosso em detrimento das covers. Contudo, houve músicas que "floresceram" no auge do trabalho do estúdio, como "Eu não sou de cá", que foi feita lá dentro, precisamente. E isto para não falar em algumas das letras que, devido aos problemas que tivemos com a nossa ex-vocalista, tiveram de ser "re-escritas" de emergência, em cima do joelho, já mesmo no final das gravações. Um stress brutal, mas uma grande satisfação ao mesmo tempo.

Em relação a influências, quais são as maiores da banda?

Como banda, a nossa maior influência é mesmo o Ska e o Rocksteady que se fez na Jamaica na gloriosa década de 60. As gravações de editoras como Studio One, Tresure Isle ou Trojan, por nomear só algumas, foi o que realmente nos motivou a criar a banda. Somos todos adoradores de Skatalites e de Slackers, e seguimos de perto tudo o que rodeia a cultura Ska actualmente, com todas essas grandes bandas que surgem no panorama revivalista, no qual nos inserimos. Alguns na banda são mais agarrados do que outros, chegando a ser mesmo viciados, outros puxam mais para o jazz ... mas tirando os gostos mais específicos de cada um (será que há alguém que não os tenha?!) temos basicamente uma ampla gama de influências comuns, o que facilita muito as coisas quando toca escrever canções.

Como vês a evolução do ska/rocksteady a nível mundial?

Como disse ainda agora, a cena Ska revivalista mundial está de muito boa saúde. Há bandas realmente fabulosas lá fora que não param de lançar discos, e que se empenham em manter vivo um estilo com mais de 4 décadas! Existe muita merda também, é preciso admitir: Principalmente bandas que não se esforçam minimamente por acrescentar qualquer coisinha (por mais ínfima que seja) ao mesmo Ska, que tantas outras bandas reproduzem, e que também não se preocupam em dizer qualquer coisa de relevante nas suas letras, acabando por perpetuar o preconceito que existe em muitas cabeças, e que reza que Ska é "música de circo". Em países onde a cena Ska está altamente evoluída, podes notar isto claramente. Na Alemanha, por exemplo, onde o movimento Ska Europeu que existe hoje em dia (e que é fortíssimo, diga-se de passagem) foi criado, graças ao trabalho árduo de bandas como Dr Ring Ding and The Senior All Stars, tens actualmente um monte de bandas que não valem um corno.
Mas felizmente existem muitas outras, que não têm medo de fazer o Ska dito "tradicional", evoluir por temor a que perca a sua essência revivalista. Tens o caso dos Slackers (líder imbatível do Ska mundial), que metem cítaras e violinos nos discos deles quando lhes apetece, e não param de surpreender em cada novo álbum. Tens também o Chris Murray que é um "One Man Ska Band", fazendo os concertos acompanhado apenas pela sua guitarra, contrariando a lógica das bandas de Ska com um monte de músicos, e que teve tomates para gravar um disco usando apenas um Walkman. Tens ainda o Victor Rice (que também admiramos bastante) que, além de produzir alguns dos melhores discos de Ska dos últimos tempos, lança brutais discos a solo com arranjos insólitos. Enquanto houver gajos destes na cena Ska, tenho a certeza que isto nunca vai morrer.


Ainda há pouco tempo, numa entrevista com os triplet, eles disseram-me que "A seguir ao Funk, acho que é o género mais tocado por bandas de garagem." O ska tem assim tantas bandas a praticá-lo?

Essa questão é pertinente, e um pouco disparatada! Em Portugal não existe uma "cena ska", e nós queremos mudar isto. Nós queremos mostrar a este país todo um conjunto de estilos musicais que surgiram na Jamaica nos anos 60, como o ska tradicional, o rocksteady e o skinhead reggae! O que muita gente não percebe, é que em Portugal simplesmente NÃO HÁ bandas de ska tradicional! O revivalismo de ska autêntico da Jamaica é tocado por nós, e por uma banda que de vez enquanto se junta com músicos de formação jazzistica: os SKAZZ. Todas as outras bandas que se dizem de ska, tocam música com influências ska, que é muitas vezes apenas a guitarra em contratempo a uma velocidade acelerada. Bandas de skacore e ska-punk, são mais frequentes, mas não são bandas de ska original! E com isto não quero denegrir nenhum estilo musical, simplesmente não gostamos que se misturem as coisas.
Bandas de funk que eu conheça em Portugal há 2: Mr. Lizard num registo instrumental, e os Funkoffandfly num registo mais dancefloor. O funk e o soul dos anos 60 é muito raro cá em Portugal, senão mesmo inexistente! Ainda recentemente fui ver com o Alex e o baterista um concerto no Santiago Alquimista, de SHARON JONES & THE DAP-KINGS e foi uma cena alucinante. Nunca vi em Portugal nada assim, por isso posso sem problemas afirmar que é um pouco disparatado dizer que o funk e o ska são os 2 estilos musicas mais tocados por bandas de garagem em Portugal. Não faz qualquer sentido.

Ainda há poucos dias deram um concerto de apresentação no santiago alquimista. Quais foram as impressões gerais?

O concerto no Santiago Alquimista correu muito bem para nós, em termos de desempenho porque estávamos bem ensaiados. Os únicos problemas da noite foram o preço de entrada (5 chapas), e o facto de não nos terem deixado tirar as mesas do meio da sala. Porque afinal de contas, nós tocamos para dançar. Já dizia um sábio musical dos nosso tempos: "Ska, is dance music!". De qualquer maneira, havia muita gente a dançar onde podia, e no geral foi positivo. Digamos que já houve concertos melhores!

Agora, presumo que vão tentar divulgar o disco o mais possível. Já têm muitos concertos agendados?

Agendar concertos nem sempre é fácil, não por faltarem oportunidades, mas por muitas vezes não se reunirem as condições necessárias, como o som (que para uma banda numerosa como a nossa é sempre complicado) e as despesas pagas. Quando vamos tocar fora de Lisboa é o minimo que exigimos, que não tenhamos despesas pessoais com isso. A mentalidade portuguesa é que, como as bandas curtem é tocar e é tudo muito giro, não é preciso pagar-lhes! "Toquem por amor à música! Sejam humildes!". Sim! nós curtimos é tocar, mas também investimos o nosso tempo para fazer isto, e como qualquer trabalho, gostamos de ser pagos! Como disse uma vez o nosso baterista, se tu chamas um carpinteiro para te fazer um trabalho em casa, não deixas de pagar ao carpinteiro só porque ele tem amor à madeira! Nós amamos música, mas se alguém lucra com ela, então devemos ser nós os primeiros a fazê-lo. Nós temos felizmente muitas propostas para concertos, e neste momento queremos é espalhar o ska por Portugal inteiro, e mostrar o nosso disco! Para consultar onde a banda vai tocar é só ir à secção de concertos do nosso site (http://contratempos.no.sapo.pt) que eu actualizo diariamente.

site oficial

Monday, July 18, 2005

SONZINHO BOM...(OU PELO MENOS TEM AR DISSO)

Este post tem como principal objectivo realçar as mais recentes edições discográficas, que despertaram o meu interesse. Não se trata de elaborar qualquer tipo de crítica ou comentário mais profundo, mas sim apenas de divulgar e falar um pouco sobre a obra referida. Ou seja quando a paciência for uma virtude minha, eu lá criticarei qualquer destas rodelas que tanto poderão ser belos exemplos de proveitosa cozinha musical, como um qualquer cocó azedo e putrefacto de que se deve fugir a ste pés:

TEAM SLEEP- TEAM SLEEP



Novo projecto de chino moreno, o bem conhecido vocalista de Deftones. Pegando nas atmosferas sónicas que os deftones possuem, é por essa bitola que este álbum se rege. Ou seja sons mais ambientais, não tendo uma estreita relação com rock ou até com guitarras em maior evidência. Parece-me um disco, pelo menos, agradável. Talvez seja mais.

FUNERAL FOR A FRIEND-HOURS



Segundo disco da banda do país de gales que tem o rock virado para o emo/screamo como principal característica. Dentro daquilo que ouvi da banda no disco anterior, sinceramente, não me pareceram muito prometedores, tendo em conta o que algumas pessoas disseram. Este disco parece-me razoável, mas anda longe de qualquer laivo de genialidade. È algo a auferir mais tarde

CANDIRIA-WHAT DOESN'T KILL YOU...



A mescla sonora dos candiria, que mistura desde rock,rap,hardcore,metal, e até jazz sempre soou a increvelmente refrescante e contagiante. Após um brutal acidente de automóvel, ao qual a banda escapou milagrosamente, editaram este "what doesn't kill you..." que foi claramente influenciado pelo triste acontecimento. E neste disco, os candiria parecem-me ter perdido a larga maioria de influências jazzísticias, concentrando-se mais em dar boas canções, muito mais dentro do hardcore e da sua mistura com o rap. Parece-me ser, desde já, um dos melhores discos que saíu este ano, talvez por ter um conjunto de temas fortíssimo e bem forte, tanto a nível rítmico como emocional.

TURBONEGRO- PARTY ANIMALS

Novo disco desta inenarrável banda norueguesa. Sempre com o mesmo tipo de tecido sonoro (aquele rock sujo e prático) a banda parece conseguir mais um conjunto de temas memoráveis, como é seu hábito desde sempre. Mais uma edição a seguir com uma enorme atenção.

E por hoje as antevisões/recomendações tiveram o seu fim. Por agora ficam por aqui mais um disco ou outro que parece ter vontade que eu o ouça:

NO USE FOR A NAME- KEEP THEM CONFUSED


CONTRATEMPOS- ALGURES NO MEIO DO NADA


(entre discos de mata ratos ou o do próprio billy corgarn, entre tanta outra coisa..sim eu sou um gajo esquisito)

Sunday, July 10, 2005

LINDA MARTINI

NOVOS AMBIENTES



Os Linda martini são um dos projectos mais originais e refrescantes dos últimos anos,dentro do panorama musical nacional. Editaram, há pouco tempo, a sua primeira demo que possui temas como o fantástico "Amor combate" ou "Este mar". Vindos do hardcore, acabaram por criar algo totalmente diferente, criando um ambiente novo e fresco na música nacional. O-som orgulha-se de apresentar a primeira entrevista oficial da banda:

Esta é a pergunta obrigatória: Como surgiu a ideia deste projecto?

Não existiu propriamente uma ideia inicial que ditasse o rumo dos acontecimentos. Em 2002, paralelamente aos Shoal, o hélio, o andré, o sérgio e o luís criaram um outro projecto, já com alguns elementos mais experimentais. Em 2003 os shoal terminaram, o luís dedicou-se aos day of the dead, e a cláudia e o pedro integraram o novo projecto. Conhecemo-nos todos muito bem, há quase dez anos, o que facilitou o entendimento, e proporcionou o desenvolvimento da banda. As músicas da promo foram todas compostas em 2003. A gravação começou em 2004 mas tivemos alguns contratempos: A cláudia e o pedro foram para erasmus em alturas diferentes – o que nos impossibilitou de sair da garagem mais cedo.

Sendo que vocês tem um passado mais virado para o hardcore, quais foram as razões da mudança para um registo totalmente diferente?

A ideia de fazer coisas diferentes remonta às outras bandas que tivemos. A determinada altura sentimos necessidade de incorporar novos elementos, para além do punk e do HC. Não nos chateámos com o HC, quisemos apenas experimentar outras coisas.

Vocês têm uma atmosfera demarcadamente instrumental, e experimental.Quão importante acham que deve ser a atmosfera instrumental nos vossos temas? E as noções de experimentalismo?

No início começámos por compôr, sobretudo instrumentais, uma vez que nenhum de nós se sentia com vontade de assumir o papel de vocalista. Claramente na nossa música damos primazia ao instrumental, em detrimento da voz. Para nós a voz é mais um elemento, que tenta de alguma forma ilustrar o instrumental, preenchendo alguns espaços e silêncios. Há quem nos diga que a voz está baixa na gravação mas para nós está no ponto, não é suposto ter mais destaque.
Em relação ao experimentalismo, pensamos que este não se reflecte apenas nos feedbacks ou na manipulação de pedais; trata-se também da atitude com que encaramos a composição, o formato e a estrutura das músicas. De uma forma mais ou menos consciente tentamos fugir às convenções e experimentar novos caminhos. Não apenas com o propósito de querer ser diferente, mas sobretudo pelo gozo que nós dá.


Sinceramente, acho que têm uma sonoridade que extravasa qualquer rótulo musical: Esse também foi um dos objectivos da banda?


De alguma forma sim. Quando formas uma banda, ainda que incorpores muitas influências diferentes, existe sempre a tendência para mais cedo ou mais tarde “afunilares”, e chegares a um determinado estilo. No nosso caso, as influências são várias e muito distintas, pelo que não faz sentido remetermo-nos apenas ao último cd que comprámos, ou ao som que agora andamos a ouvir mais. Ficamos muito contentes quando nos dizem que a nossa música faz lembrar várias coisas e não apenas estes ou aqueles, é sinal que se reflecte esse desejo de não seguir uma tendência ou um estilo, mas criar um espaço próprio.

Existem algumas pessoas que os comparam a outras bandas, nomeadamente a uns pluto por exemplo. Que resposta dão a essas pessoas?

Não nos sentimos de modo nenhum incomodados com isso. Algumas pessoas referiam nomes como Ornatos Violeta, Pluto e Toranja. No nosso entender, essas comparações dizem respeito sobretudo à voz, e achamos que por trás disso está sobretudo a falta de referências que temos de bandas rock e derivados a cantar em português. Se pegarmos nas mesmas melodias que temos e cantarmos em inglês ninguém vai buscar esses nomes!
Ornatos é uma banda de que gostamos, pelo que admitimos que isso se reflicta de alguma forma. Com pluto e toranja não acontece o mesmo: Quando pluto saiu já tínhamos as músicas compostas e quase gravadas e toranja nunca foi uma referência nossa. Por outro lado é normal que a mesma música suscite reacções diferentes de pessoa para pessoa. Se mostrares a promo a uma pessoa que ouve coisas mais mainstream, dentro dos tops, ela pode-se lembrar de toranja, mas se mostrares a uma pessoa que ouça outras coisas, ela vai certamente retirar da nossa música referências que não essas.

Como tem sido recebida a vossa demo,tanto pelos media como pelo simples ouvinte?

Muito bem. Quem ficou mais surpreendido fomos nós. Estivemos muito tempo fechados na garagem devido aos contratempos que já referimos. Quando começámos a receber o feedback das pessoas ficámos muito contentes com as reacções. Até ao momento não nos podemos queixar.
O primeiro concerto foi no Hardclub em Gaia e a recepção que tivemos deixou-nos um sorriso nos lábios!

Cantam em português. Com a grande influência anglo-saxónica que temos, acham que esta era a opção correcta?

Definitivamente sim. A opção pelo português surgiu naturalmente. A razão é simples: o inglês torna-se muito vazio e impessoal para dizeres aquilo que queres. Tu pensas em português, falas em português, sonhas em português, faz todo o sentido! Por outro lado o português colocava-nos um desafio maior, é mais difícil de musicar porque a língua é mais “quadrada”, o inglês é mais redondo, tudo soa melhor.


As vossas letras são de uma intensidade fortíssima. Existem fontes de inspiração bem definidas para esta intensidade surgir? Ou flui tudo naturalmente?

A influência e inspiração vêm não só do dia-a-dia como também da literatura e cinema. Por exemplo, “Amor Combate” é o título de um poema do Joaquim Pessoa. Achámos o conceito engraçado e a partir daí surgiu o resto da letra. É obvio que não podemos dissociar o elemento pessoal mas muitas vezes a letra escreve-se sozinha e quando a lemos vemos que ela tomou um outro rumo, é algo que nem sempre controlas.

Estão agora em fase de promoção da demo, com concertos, inclusivamente, numa das fnacs. A seguir a esta fase, já têm algum objecto definido? Ou vão continuar a apostar na promoção da demo?

Por enquanto os concertos são a prioridade. Em breve vamos disponibilizar a totalidade das músicas gravadas para a promo e sempre que possível distribuí-la gratuitamente nos concertos. Lá para Abril teremos novidades a nível editorial, quem sabe um longa-duração.

Muito obrigado João por nos proporcionares a primeira entrevista oficial. Felicidades para o Blog e projectos futuros.

Linda Martini * 06/07/05


site oficial

linda martini @ my space

Wednesday, July 06, 2005

TWENTY INCH BURIAL

A IDADE MAIOR


Os Twenty inch burial, são provavelmente a melhor banda de metalcore cá do burgo. com uma base de fãs já perfeitamente delineada,e um conjunto de canções que fará corar de inveja muitas bandas do outro lado do oceano, eles são uma prova viva que não precisamos de ir buscar bandas de qualidade a lado nenhum, quando as temos à nossa mão.Com a gravação de um novo álbum lá para novembro, falou-se com a banda,apesar de bastante parca em palavras:

Quais foram as maiores diferenças entre a gravação de "The void we carry", e do mais recente "How much will we laugh and smile"?
As diferenças foram gigantes, já que gravamos o "The void we carry" em apenas dois dias, enquanto que no novo disco, tivemos um mês em estúdio. E para mais, foi a primeira vez que tivemos um produtor a sério: Neste caso o Santi garcia

Recentemente gravaram um split com os with resistence. como é que surgiu esta oportunidade?
O convite partiu da State of mind Recordings, que nos viu tocar nos EUA em 2002. A partir dessa altura, começou-se a falar neste projecto. Por outro lado, tínhamos feito algumas datas na américa com os With resistance.

Há muitas bandas que se queixam do estado do underground em Portugal. Vocês são, a meu ver, um caso de sucesso dentro do meio. Como é acham que foi conseguido todo este reconhecimento,ao que se junta uma base de fãs já considerável?
Acima de tudo trabalho...Muito trabalho. Para além de dedicação e devoção a este projecto.

Porque é que decidiram incluir a cover do "Nowhere" dos therapy? no disco?Não era a escolha mais previsível...
Nós somos fãs de Therapy? Já há alguns anos. Acabámos por achar que podia resultar bem o tema, se fosse tocado dentro do nosso estilo.

Actuaram como headliners do último Animal and liberation fest. como se sentiram ao fechar um evento da envergadura que este já começa a ter?
Honestamente, não sentimos nada de especial...Se tivéssemos sido os primeiros a tocar,teria sido igual. O principal foi participar em tal evento, importante para causas, sobre as quais partilhamos das mesmas ideias.

As vossas letras falam muito sobre amores perdidos, e paixões desencontradas. ainda assim abordam, por vezes, temáticas mais políticas sobre um determinado estado de coisas(como já admitiram em relação ao significado do título deste segundo disco). como é que conseguem fazer a ponte entre assuntos, à partida, tão distantes?
È tudo fruto das nossas vidas correntes, do quotidiano onde vivemos. E de experiências: Vividas e sentidas. Enfim..De coisas pelas quais realmente passámos...Muitas delas foram romantizadas, mas sempre num contexto realístico.

Qual foi, até agora, o concerto mais inesquecível que protagonizaram?
Penso que foram todos...Ou então os que estão para vir! Encaramos os concertos sempre da mesma forma.

Tem já projectos bem definidos para o futuro próximo?

Vamos gravar o novo álbum, em novembro nos Antfarm studios na dinamarca, com o Tue Madsen(The Haunted,Heaven shall burn,etc)

E pronto.Obrigado pela disponibilidade. Fiquem bem []
Obrigado, igualmente!
Abraço!

notícias sonoras: subdivisão d'o-som

Desde já anuncio com pompa e circunstância: Acabou de ser fundado um novo espaço, no que diz respeito à programação e divulgação de bandas: Chamar-se-à ONDAS SONORAS, e porei o link para ele na página do blog(logo abaixo do anúncio do mail).
Quem quiser colocar flyers, ou outras coisas para efeitos promocionais é só mandar-me mail, que eu farei isso chegar ao ondas sonoras. Agradeço a colaboração de toda a gente, para tornar o ondas sonoras um espaço de informação, mas acima de tudo de promoção. Fiquem bem.

Tuesday, July 05, 2005

VINTAGE:BOTCH-WE ARE THE ROMANS(2000)



Hoje em dia muito se fala das ondas noisecore, e de todo um conjunto de subgéneros que o tradicional hardcore deixou transparecer, especialmente a partir deste início de milénio. Desde uma maior adaptação ao metal, passando pelo emocore/screamo, como pelo já referido noisecore.
Poderemos, inclusive, colocar diversas bandas no topo da lista de cada um destes subgéneros: Se no noisecore temos uns geniais the dillinger escape plan,de alguma forma os converge, ou os burnt by the sun, dentro do metalcore diversíssimas bandas como uns killswitch engage, ou no emocore underoath ou mesmo dead poetic ou thursday.
Bom,mas nada disto tem a ver com botch. Excepto noisecore. Mas será que o ideal será colocá-los dentro do noisecore? E afinal o que é este subgénero que tem bandas tão diversas como the dillinger escape plan, ou converge? E se falarmos de hardcore quando falamos de botch? Ou, melhor ainda, se deixarmos a música fluir por ela própria? Será o ideal?
È sem dúvida.Os botch foram portanto uma banda. Deixaram de existir há uns anos atrás, oferecendo agora um legado absolutamente impressionante no que diz respeito a qualidade. Poucos discos editaram, mas a verdade é que o padrão qualitativo sempre foi algo que se manteve altíssimo na carreira da banda de Seattle.
"We are the romans" é, porventura, o registo mais brilhante de uma carreira que pecou por ser curta. È uma espécie de súmula da genialidade do colectivo, na sua capacidade de conciliar peso e elementos experimentais, de conceber atmosferas caóticas e densas melodicamente,tudo ao mesmo tempo. Exemplo desta dicotomia é o tema "Swimming the channel vs Driving the chunnel", onde toda uma atmosfera de sussurros, num esquema instrumental concebido na perfeição recheado de elementos quase jazzísticos, foi tremendamente bem executada.Ou mesmo "C thomas howell as the "soul man"", que, num só tema, contém raiva e melodia de uma maneira arrebatadora. E tem um fim absolutamente tremendo, recheado de emoção e força.Ou ainda o épico "Man The ramparts" que tem tanto de hardcore como de cânticos quase eclesiásticos.
Por outro lado, todos os outros temas demonstram uma preocupação instrumental absolutamente tremenda: Não é nada arriscado referir que os botch são,de facto, excelentes músicos.E que conseguiram criar temas épicos e experimentais ao mesmo tempo. Temas de raiva vocal e de deleite instrumental.
Tudo isto chegará para descrever esta obra-prima, de nome "We are the romans"? Não. Muito mais poderá ser dito. Passando pela preocupação, não em fazer canções no sentido mais exacto do termo,mas sim de criar muralhas sonoras prontas a serem trepadas por nós.E que,por vezes, conseguem ser canções de uma forma não tão objectiva. Passando, pela forma de como toda a instrumentalização foi concebida: Crescendos instrumentais, variações rápidas e oportunas de ritmo, com uma voz que também sabe variar consoante o registo dos instrumentos.
"We are the romans" é música no seu verdadeiro sentido. Seja pesado ou não. Seja hardcore, ou noisecore, ou até metalcore. Ou sendo tudo isto, nunca deixa de ser música: Música feita com rigor e plano,mas fluindo de uma maneira absolutamente natural que deixa qualquer apreciador de boa música verdadeiramente abismado. Um clássico,enfim, do hardcore que devia ser muito mais valorizado.

9/10

3 temas de loucura: "C thomas howell as the "soul man" ", "Swimming the channel vs Driving the chunnel","To our friends in the great white north"

Sunday, July 03, 2005

IF LUCY FELL

O PESO DO ESFORÇO




Os If lucy fell são uma das mais recentes esperanças do hardcore nacional. Com um estilo já bem definido, decorrente de influências de converge ou botch, e com um álbum em vésperas de ser gravado, via rastilho, preparem-se para a potente e pesada dose de hardcore que esta banda tem para vos proporcionar.Eles estão aqui para "ROCKAR com todo o poder", como confessaram. A conferir desde já nas palavras do guitarrista Rui:


Como é que os if lucy fell surgiram?

Surgiu um pouco como inevitável...Há muitos anos que eu, o gaza e o hélio estávamos para elaborar algum tipo de projecto. A coisa nasceu (como muitas outras) de momentos difíceis: Estávamos a atravessar um momento complicado, e pelo meio começaram a surgir ideias e motivação para fazer música. Alguns ensaios no bibi (black sheep studios em Mem-Martins), com uma passagem pelo estúdio do Bravo em Linda-a-Velha, deixaram o esboço de If lucy fell delineado. A coisa alicerçou-se mais, aquando da gravação da demo/promo nos estúdios Black Sheep sob a produção do Makoto, que entretanto se tornou no nosso vocalista. Para todos, o Makoto surgiu como uma grande influência, e canalizou o espírito dos ensaios para o palco numa fórmula que ainda hoje nos surpreende.A partir daqui If lucy fell tornou-se mais sólido e com maiores perspectivas de evolução no ponto de vista musical.

Há algo que gosto muito em vocês, para além da música: O nome da banda. Como é que ele apareceu? Quem é que teve a ideia?

Bem...Andávamos a remoer nomes quase até à véspera da mistura da demo, quando o andré henriques (linda martini, ex shoal) nos deu uma ajudinha...ficámos a saber posteriormente que correspondia a um filme meio manhoso do Ben Stiler (??) ,mas agradou-nos tanto a sonância que acabou por ficar. Tem também um certo simbolismo que procurámos sempre nas várias hipóteses de nomes que considerámos (sem querer entrar em grandes pormenores..) - Religião/drogas ; evolução humana/descontínuidade.

Os if lucy fell já obtiveram algum reconhecimento, de certos meios de comunicação mais underground, por exemplo a loud!. Quais pensam ser as razões para este crescendo de reconhecimento?

Creio que se possa dever à originalidade do som no espectro do rock / metal /hardcore nacional, e à intensidade dos espéctaculos ao vivo (que ainda estamos a procurar...) ,embora tenhamos de agradecer à amizade e interesse de algumas pessoas que nos motivaram e nos ajudaram a arranjar concertos e contactos. (andré e congas da i owe you nothing recs, padinha de blacksunrise, fernando de fever..)

Como caracterizariam a vossa música, se é que a conseguem caracterizar?

Desconstruir o melódico, desconstruir o ritmico e ROCKAR com todo o poder que se consiga!!

Na minha opinião, o vosso tipo de som ainda está pouco explorado em Portugal. Quais pensam ser as razões disso?

As pessoas preferem muitas vezes optar por estilos que funcionam imediatamente ao vivo, procurando aquela cumplicidade imediata com a energia do público ( no caso de if lucy fell por exemplo essa cúmplicidade não é imediata); Mas também se prende com aquilo que as pessoas gostam de ouvir. Agora começam a aparecer coisas diferentes, especialmente pelo pessoal mais novo.Não é só por serem diferentes que são boas claro...Mas a mim agrada-me a intenção de se desviar um pouco daquilo que é usual ouvir-se por cá....

A nível de influências, quais são as bandas que mais os influenciam?

Botch,Converge,ISIS,the blood brothers,Ratos de Porão,Jimi Hendrix,Aphex Twin..

Que pensam da evolução do hardcore tanto a nível nacional como internacional?

A nível nacional (no espectro dos concertos hardcore) está num momento bom, embora com grandes dificuldades (essencialmente financeiras). Surgem boas bandas (for the glory; Twenty inch Burial; Blacksunrise, Larkin, Theyweregunshots, Mary reilly e mais ...não tenho definições muito apertadas de hardcore,refiro bandas rock /screamo/metal hardcore, o que lhe quiserem chamar) com grande felling ao vivo e excelente atitude. Lá fora,os meios são outros e nem sempre o que surge por aí com grande pompa e circunstância, é assim tão bom como isso...Acho que está a precisar de sangue novo, e se houvesse meios, as bandas portuguesas não ficavam atrás...

Tocaram, não há muito tempo, no human and animal liberation fest. Quais foram as vossas impressões tanto sobre o evento como sobre o concerto?

Ambiente brutal, deixou-me um sorriso na boca....fiquei contente pela causa e pela música, os espéctaculos de New Winds e Twenty inch por exemplo, foram contagiantes!!O João Padinha está de parabéns pelo esforço e dedicação

De momento estão a planear, ou a gravar alguma coisa?

Vamos gravar um álbm em agosto a ser editado pela Rastilho, sem data ainda ofícialmente marcada.

Quais são os vossos principais objectivos ainda a atingir, enquanto banda?

Progredir sempre...curtir em concerto, e tocarmos por todo o lado que conseguirmos.

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