O sudoeste tem uma grande vantagem em relação aos outros festivais: mais babes roliças por metro quadrado. aliás é pelo grande aglomerado de babes roliças que o sudoeste vale realmente a pena. Os cartazes ultimamente têm sido uma merda (sobretudo desde que o festival é patrocinado pela tmn, parece-me) a envolvência do recinto é bem menor que em paredes de coura por exemplo. Sobra portanto o mais importante: as gajas. E nesse campo ninguém bate o festival. Que começa a ser frequentado por povo mais novo, muita gente do norte, que basicamente vão lá passar férias. Há praia uns concertos e campismo. e pronto. Ah e também há paneleirices como karaoke, montanha russa(!)ou o revivalismo de júlio isidro em meter povo dentro de um carro.
Este ano para além disto tudo também havia faith no more. e foi por isso que o recinto se encheu naquele dia: arrisco-me a dizer que mais de metade do povo que ali estava, estava por faith no more e pouco mais. De qualquer forma vou falar daquilo que também vi:
x-wife - meio merdoso porque aquilo é demasiadamente monótono mas tiveram energia. Já não foi mau, mas foi basicamente para aquecer e pouco mais.
Mad caddies- contagiante e vibrante. bom concerto que pecou pelos gajos terem tocado os temas mais melosos para enlouquecer as babes(o que é sempre bom) mas esqueceram-se de muitos temas do verdadeiro ska-punk que têm. Mas ainda assim foi bom, e tenho pena de não terem tocado no palco principal.
mad caddies
E chegamos a patton e seus comparsas. Não estando para grandes descrições apenas digo que o homem chega-me ao palco com um fatinho e bengala. Megafone na mão, frases fofas tá de começar. e foi um concerto muitíssimo bom. a energia e entrega estavam lá, os temas claramente também e o público respondeu. e ainda deu para umas provocações como dedicar temas a cristiano ronaldo, falar mal do período em que a banda se separou, criticar marcas e t-shirts de vietnamitas e ainda dar o microfone a um dos seguranças para ver se o homem acopanhava.
Quanto ao resto é simples: os faith no more estão em plena forma. O concerto foi enérgico à bruta eu que ainda andava de alcofa quando os gajos acabaram, ou nem por isso mas era claramente puto imberbe, e ver ali um bando de cotas a tocar pela vida soube que nem ginjas. Ainda por cima a mostrar que temas de 20 anos estão mais que actualizados e ainda resultam na perfeição ao vivo. e houve de tudo: desde as mais óbvias, como "epic", "midlife crisis" - com o refrão cantado em coro pelo público a capella, "we care a lot"(deste lote apenas faltou "digging the grave", passando pelas covers para dar o choro como a "easy" ou por temas mais enérgicos como "caffeine", "land of sunshine" ou a bela da "be agressive". Deu para toda a gente, e encheu as medidas à grande. No meio de tanta merdunça que foi ao sudoeste, ou pelo menos de tanta coisa pouco sonante e relevante, apareceram uns gajos vindos de uma rotura de mais de uma década, mostrar como se faz e que bandas se devem trazer a um festival.
faith no more
Deve ter sido o concerto do ano. e o melhor concerto que vi em festival igualmente. Do caraças. e pronto é isto.
Ah ainda vi um soundsystem qualquer no fim da noite. Mas o álcool e a droga já eram muitos. E reggae é uma seca do caraças que dá para ouvir pedrado mas pouco mais, desculpem-me lá os fãs do género. Ainda assim o melhor foi ver o logotipo do sapo com o chapéu à reggae na cabeça e a fumar uma com um sorriso mocado. Coisa fofa incitar ao fumício, mesmo com as tentativas de frustrar a bela da droga à entrada do recinto.
- Cena também publicada naquela que é, cada vez mais, a minha nova casa:
http://www.mariaetelvina.blogspot.com