SUPER BOCK SUPER ROCK-DIA 28
ALINHAMENTO:
DIA 28
FLYPSIDE
TURBONEGRO
THE HIVES
BLACK EYED PEAS
NEW ORDER
MOBY
QUINTA DOS PORTUGUESES
BLEND(BANDA VENCEDORA DO CONCURSO SUPER BOCK SUPER ROCK PRELOAD)
BOSS AC
EASYWAY
FONZIE
EXPENSIVE SOUL
LOTO
THE GIFT
Segundo dia do superbock superrock. e único dia onde a minha fronha esteve presente. Porquê? a resposta não podia ser mais simples. Numa palavra junta com outra: turbonegro. E está tudo dito. ah sim e foram mais umas quantas bandas animar as festividades.
claro que falar de uma forma destas seria uma autêntica injustiça para todas as outras bandas que se apresentaram e, de forma alguma, turbonegro foi o único ponto alto de um dia com, em linhas gerais, bons concertos.
comecemos então pelo princípio. e o princípio foi entrar no recinto por volta das 18 horas e ouvir a mistura de rap interventivo e algum rock dos flypside. Tudo já demasiado batido e repetitivo é certo: Mas pelo que consegui vislumbrar, achei-os bem activos no palco e com temas que justificam uma audição atenta, nem que seja numa vertente de divertimento. Fiquei com boa impressão.
Após blend e boss ac( de quem só ouvi o som quando estava fora do recinto ainda à espera de toda a gente)os easyway actuaram no palco quinta dos portugueses/worten. E para quem não sabe, quem são os easyway? são pop-punk meus amigos. Têm umas pinceladas de emo lá para o meio, têm letras por vezes demasiado simplistas e pouco desenvolvidas, mas como disseram eles numa entrevista "se não fossem as gajas o que é que um gajo estava cá a fazer?" e eu subscrevo totalmente.
easyway
Introduções feitas, agora dirijo-me concerto propriamente dito. Que de facto mostrou uns easyway muito profissionais e competentes. Mas mais que isso mostrou uma banda com o prazer de tocar por tocar, sem pensar em sucessos estrondosos ou carreiras milagrosas pelo estrangeiro. Os easyway são simples, e procuram precisamente o caminho mais simples. Num concerto onde, infelizmente, só eu e mais umas duas pessoas ou três cantavam os temas a plenos pulmões, a banda conseguiu cativar o público presente que acabou a gritar o seu nome, após o vocalista bandas ter dito que já não os deixavam cantar o "jardins proibidos". ainda por cima, para além de toda a simpatia e profissionalismo emanados pela banda, tocaram precisamente os temas mais contagiantes de "forever in a day" já de si só um dos discos mais catchy editados no ano passado. "Fake a smile(my mistake", "model rockstar" (mesmo sem joey cape como é evidente), "the colour red" ou "chocking pleasure" foram canções presentes. Por isso apesar de virem de um género muito pouco original ou refrescante, os easyway sabem ser diferentes à sua maneira.Pelo menos mostram simpatia e temas que ficam no ouvido de qualquer um.E sejam louvados por isso.7/10
E acabou easyway. Quem veio a seguir. Ladies and gentlemen...
TURBONEGRO!
Finalmente os noruegueses com o hard rock armado em glam, e solos brilhantes de guitarras pisaram o solo da nossa humilde terra.Só devemos dar graças aos céus por isso. E que fizeram os turbonegro? Aquilo que se estava à espera. Um concerto fabuloso, recheado de ironias como o vocalista von helvete a dizer que é portugyês por causa do bacalhau da noruega, com um dos guitarristas a subir às colunas, com o confettis ou como raio se chama aquilo( e tem um nome abichanado por sinal) e notas de dólar com a face de cada um dos membros da banda, a surgirem pelo ar. E também ouve temas: E todos grandes desde o poder de "the age of pamparius", à contagiante-até-dizer-chega "get it on" , passando por "all my friends are dead" primeiro single do novo disco "party animals", ou por "sell your body(to the night) e "fuck the world" ambas de "scandinavian leather"(com esta última precedida de um bonito "what you would like to do more?", ou algo idêntico, onde toda a gente acaba a gritar "fuck" a plenos pulmões. e claro a grande,mítica,gigante,bela,e sei lá mais o quê "i got erection" que acabou com um concerto, para muitos estranho pela peculiaridade de cada membro dos turbonegro, mas para tantos outros fantástico e inesquecível, onde só pecou por ter sido tão curto. Eu estou no segundo grupo. 9/10
Bem, e o meu objectivo que era ver easyway e turbonegro, estava completado. tudo o resto viria por acréscimo. e basicamente foi isso que aconteceu. Depois de uns fonzie armados na coisa mais linda à face da terra, com o baixista(?) Carlos a dar uns bitaites, num concerto muito pouco produtivo e algo desinteressante, pelo que me pareceu, vieram os the hives.
the hives
E vou ser o mais honesto possível: Os the hives cheiram mal a nível musical. são daquelas coisas peganhentas que se colam e depois não saem. são um monte de cocó apreciavel se puder usar este tipo de linguagem, e posso porque o blog é meu. o rockzito deles com a mania que é muito potente( e não chega a um milésimo dos décibeis de turbonegro) é altamente irritante. Vinham todos vestidinhos, até com os amplificadores caiados de branco.E isso também acaba por chatear um bocado. Ora com tudo isto, mais um vocalista que não se calava com a coisa de serem " a melhor banda que vocês já viram" ou " o pote de ouro daquele arco-íris ali em frente" o resultado só poderia ser um: o concerto ter sido muito mau. Mas aí é que o quadrúpede sofre uma pequena disfunção física no seu apêndice caudal: O concerto foi bom. E porquê? Porque, apesar do vocalista falar de mais, os the hives souberam cativar a assistência. tinham todo o público na mão, a fazer o que eles queriam, (inclusive dois putos atrás de mim com uma bonita moca, sendo que um deles só sabia gritar yeahh mal o vocalista abria a boca), e souberam aproveitar-se disso ,acabando por fazer um concerto muito agradável, com bastantes bons momentos.Claro que não são a minha banda de eleição, nem sequer uma banda agradável, ou até decente. Mas dentro da indecência souberam atrair. como espectáculo vale por tudo, é pena mesmo as canções não corresponderem a algum do bom show-off da banda. 8/10
Passando expensive soul que não tive a oportunidade de ver, falo agora de black eyed peas, embora numa perspectiva diferente: Só vi o concerto pelos ecrãs gigantes enquanto estava a comer.
the black eyed peas(sim tive mesmo a lata de publicar aqui uma foto desta gente)
A verdade é que black eyed peas deram um concerto só com demonstrações de pseudo-virtuosismo inexistente: O boeing 747 fergie mostrou o quão profunda a sua garganta consegue ser, quando se arma em cantora, ao dar meia dúzia de agudos. Tudo o resto foi um espectáculo pobre, arrastado, e muito pouco proveitoso. Claro que quem tem um boeing como fergie a abanar-se feita maluca no palco, tem quase tudo. O problema é que o quase é importante: Fergie é de facto um pedaço de céu, mas o resto ficou em casa. Deve ter sido bom para lavar as vistas para o lado masculino. Mas não me parece que tenha perdido grande coisa (3/10) (só pela fergie que o concerto levaria um 1)
Depois de black eyed peas? Ah pois os "ai nós somos tããão bons" loto. O concerto de loto resume-se a um "obrigado às 30 mil pessoas que vieram para nos ver" e a uma madame bem interessante e de cariz voluptuouso que dançava feita doida ao meu lado. E eu feito estúpido não lhe dirigi a palavra, embora me pareça que ela estivesse lá presente com um rapazote algo totó, pelo menos mais totó que eu. Bah fiascos...e fiasco também foi loto. salvaram-se as senhoras que surgiram no palco na última música. 3/10
loto(foto tirada em alcobaça)
E a seguir veio o que muita gente estava à espera. Os grandes New Order finalmente em Portugal.A instuição vinda de Joy division e seu malogrado líder Ian Curtis estavam em solo português. Para muitos o concerto de uma vida de cariz mágico. Para mim um concerto bastante entediante na primeira parte onde, sinceramente, parecia que os new order estavam só a cantar temas country(exceptuando a muito boa "crystal") e que nunca mais iam sair daquela estagnação. Felizmente recuperaram na segunda metade, com temas bem mais alegres e dançáveis,deixando alguns bocejos para trás, conseguindo arrancar, apesar de tudo um bom concerto. Mas para mim não passou disso. 6/10
new order(fonte: cotonete.iol.pt)
Os the gift eram os últimos a actuar no palco nacional. Antes disso houve o anúncio de um comboio para a linha de Sintra, e outro para a linha de Cascais, onde existiram vivas e grande festa...Mesmo só pela piada. E foi após este anuncio, e com um pano a tapar todo o palco, criando um bom jogo de sombras que a banda de alcobaça surgiu, com os seus temas pop delicados e rendilhados. Tocaram na maior parte, temas do último álbum de originais "am/fm" e ainda fizeram ressurgir "question of love" por exemplo. Um bom concerto que teve que ser muito reduzido pelo facto, por vezes injusto, do palco dos portugueses estar completamente subjugado ao palco principal. em the gift e easyway, pelos menos, foi pena. 7/10
the gift
Moby é um tipo simples. Demasiado simples. Parece um puto tímido quando o vemos surgir com uma t-shirt com uma caravela, dizendo "Lisboa" calças de ganga e ténis. Ninguém diria que ali estava um homem que já vendeu milhões de discos, muito graças ao sucesso que foi "play".
Mas moby é mesmo tímido: Tem um vocabulário muito reduzido("thank you thank you thank you" dizia ele) tenta passar discretamente nos holofotes. Assim foi: Perante um moby pouco comunicador, embora haja gente bem menos comunicativa que ele, destilou seus temas mais conhecidos desde "play", "18" ao novo "hotel" passando ainda por discos mais antigos. Se foi um bom concerto? Foi. Moby sabe cativar.Não é um grande entertainter, mas vai para o palco sem cerimónias, faz aquilo que tem a fazer, sente-se que gosta de estar ali e pronto. Ah e ainda houve uma improvisação aquando de um erro nos computadores: Uma cover de johnny cassh que só lhe assentou bem. Acabou com a grande "bodyrock" e com "lift me up" terminando o concerto com um tema que ele diz ser sempre a canção com que ele termina os concertos em Portugal. Ele lá sabe.E nós, mesmo se não soubermos, é bom assumirmos que gostámos. 7/10
Moby
Muito na generalidade: bons concertos, especialmente Easyway e the gift no palco nacional, e turbonegro e the hives no internacional. a nível de concertos bem medíocres temos os loto e black eyed peas que foram salvos pela, altamente extitante e cativante fergie. Apesar de tudo valeu a pena: Pelas pessoas, pela muito boa organização, até pela miúda que se estava a abanar toda ao pé de mim, ou pelas duas miúdas com quem meti conversa na fila para o jantar.Foi bom, recomenda-se e para o ano queremos mais.
A COISA MAI LINDA ESTRANGEIRA: TURBONEGRO, THE HIVES
O QUE CHEIROU PIOR MADE IN QUALQUER PARTE DO MUNDO: THE BLACK EYED PEAS ( fergie do meu coração... desculpa lá sim?)
A COISA MAI LINDA PORTUGUESA: EASYWAY,THE GIFT
O QUE CHEIROU PIOR MADE IN PORTUGAL: LOTO( também por causa de ter sido otário e não ter ido falar à bela da rapariga)
Agradecimentos a JPalmeida e zecaralho, ambos do forumsons, pelas fotos em turbonegro. todas as outras foram retiradas via google.