Saturday, July 14, 2007

"Live free or die hard" de Len Wiseman



Sim, acabei por meter as patas no cinema para ir ver o die hard. Também, verdade seja dita que, aparte de 2 ou 3 filmes(oceans 13, the dead girl, e o belle toujours do oliveira) pouca coisa mais estaria no cinema que me fosse capaz de me lá pôr a pata. OK, ok, talvez os outros três filmes mencionados, fossem mais capaz de me levar. Ok, talvez o filme de oliveira devesse estar num patamar mais destacado, mas caguei pronto.

Anyway, a série "die hard" sempre teve um trunfo indefensável: a completa inverosimilhança do seu enredo. Mclane safou-se de uns terroristas maus como tudo que queriam dar cabo de toda a gente dentro de um arranha céus; arriscou-se contra militares treinadíssimos que queriam dar cabo do aeroporto de washington só com o raio de um isqueiro(!), e ainda se meteu com sucesso com o irmão do mauzão do primeiro filme. Pois. Tanta gente má e um homem a varrer tudo, não é a coisa mais verdadeira do mundo. Por mais que mclane se escondesse, alguma vez aqueles desgraçados haviam de acertar.

No entanto esta versão de "me against the world" agradou a muita gente, e com razão. O primeiro filme de mctiernan é um excelente filme de acção com todos os condimentos possíveis para agarrar o espectador. Até o segundo e terceiro filmes não desapontam: todos eles metem mclane mas situações mais incrívelmente disparatadas(mas que colocam sempre um foco importante de atenção sobre o herói) e situam-no enquanto a "única esperança que resta": um tipo que irremediavelmente está no sítio errado à hora errada.

Neste quarto filme é mais ou menos o mesmo. O velhote mclane, que está divorciado e tem uma filha em plena adolescência, é ordenado a ir buscar um hacker para ele prestar depoimentos. Depois os mauzões, que são criminosos informáticos da mais fina estirpe(novinhos e tal)andam atrás do rapazinho que sabe demais, e daí até aparecer o gigante kevin smith(o grandioso "silent bob" para quem precisar de referências, é um passo. Escusado será dizer que o homem lá salva o dia outra vez, quando até um f-15(!) vai no seu encalço e sim, não o consegue matar pois claro.

como isso não interessa aqui vai o positivo:este die hard 4 acaba por ser um óptimo substituto dos outros três filmes, cumprindo plenamente a sua função. entretém o espectador, fá-lo estar por ali naquelas aventuras, a ver carros a dar cabo de helicópteros(100% verdade), e ao mesmo tempo tem efeitos especiais justificáveis, mas nunca em tamanho exagero. Humanamente mclane é o que se espera: não é uma personagem esquemática, mas também não é propriamente um prodígio em emoções. Não interessa, práfrente é o caminho. Se a adaptação de um "velhote" como willis àquelas aventuras todas foi bem feita...bem, pelo menos o que estava ali em jogo já não é propriamente do tempo dele, e isso acabou por servir como desculpa minimamente decente, para o meter a fazer as acrobacias.

Portanto estamos perante aquilo que eu considero um bom blockbuster: não faz pensar muito, entretém, dá para ver decentemente e esquecer a seguir. Não é para grande intelectualização, nem para meditação posterior, mas pelo menos não toma ninguém por parvo, e faz o que tinha de ser feito. Hoje em dia já não é nada mau.

6/10

Friday, July 13, 2007

ALIVE!07 @ passeio marítimo de Algés - 9/06/07




E no segundo dia do Alive veio o concerto do ano. Isto parece-me algo indefensável diria eu, já que pessoalmente não estou a ver mais nada melhor do que ver o corgan a debitar vocal e instrumentalmente aqueles temas que me acompanharam enquanto puto pequeno(agora sou um bocadinho maior embora ainda seja um puto do caraças.) Ok até estou: a formação inicial dos smashing a tocar uma playlist seleccionada por mim.
Porque de resto, o festival das casas de banho de porcelana, deu-me aquele típico concerto do "antes de ser já o era", com corgan e sus muchachos a fechar a noite que começou bem cedo comigo a apanhar a bela da seca de uma hora e meia, à espera do povo.

Depois disto, e já lá dentro deu para mirar os dapunksportif. Com um nome que eu sinceramente acho um bocado idiota, a banda de peniche conseguiu captar minimamente uma reduzida audiência que estava na fase mais primitiva de aquecimento. E cujo maior esforço na altura era o manual, de empinar cervejas para o bucho. de qualquer maneira os penichenses mostraram-se enérgicos e dedicados, percebendo que a oportunidadede se mostrarem a mais gente tinha de ser agarrada. Era ver o vocalista a tentar dar algumas palavras de ordem(sem sucesso, mas valeu o esforço), ou a publicitar a banda o melhor que podia, numa atitude de normal marketing. No entanto o melhor que tudo, foi ver que "ready.set.go!" o disco de estreia, é uma desculpa excelente para actuar ao vivo. Porque aqueles temas das duas uma: ou se ouvem num descapotável percorrendo as belas praias do oeste, ou num concerto com fortes descargas de adrenalina.



dapunksportif(ao vivo no XII festival de música moderna de Corroios - retirado de70-200.net)

Dapunksportif meio que acabam, vou-me embora e lá me famialirizo com os magníficos preços costumeiros de festival. Depois é juntar meia dúzia de mal-dispostices e excesso de álcoól no sangue, e tudo a andar para a zona do palco principal, ouvir um tudo nada do fim dos triângulo de amor bizzaro, a chamada banda do lobbi: sinceramente como raio uma banda espanhola que nnguém conhece de lado nenhum e, por aquilo que ainda ouvi, nem é nada de especial, tem honras de estar no palco principal? Quem raio obrigou covões e sus muchachos a enfiarem-nos lá? Enfim o momento twilight zone do festival.

E a seguir apareceu o formato bem-comportadinho e engomadinho de armando teixeira, com os balla. Lobbi mais pequeno certo, mas ainda lobbi. È verdade que os balla foram uma introdução à última da hora, para substituir já não me lembro quem mas estou aqui a ver já uma boa dezena de bandas que podiam tê-lo feito, e que se adequam mais ao tipo de palco como o do alive. Olha vicious five ali todos giros e fofos, em vez no palco/tenda do dia seguinte...

De qualquer forma os balla têm classe e estilo. È uma pop, a meu ver meio chocha, mas de qualquer maneira não é uma banda de post-punk vinda do sei lá onde a aterrar ali à bruta. O concerto foi profissional,competente q.b mas vindo de uma banda que não está , de modo algum, talhada para palcos grandes como aquele, nem me parece que pudesse ter sido muito melhor... de qualquer forma ainda foi minimamente agradável vá.



(balla no alive! - retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8878)


Da maioria das bandas que compõem aquele pseudo-rock antena3 de cariz revivalista e que leva no rabo do pós-punk(ou uma coisa do género), os white stripes são dos menos insuportáveis apesar de tudo. Estão longe de ser a melhor coisa do mundo, e têm temas enfadonhos comá porra a meu ver, mas "seven nation army" é uma boa canção, e lá pelo meio ainda têm uma ou outra audível.

O alive serviu para o concerto com o palco mais pipi do festival( quando os hives vieram ao superbock o palco também estava altamente pipi...esta gente imita-se uma à outa até na pseudo-originalidade do "cenário"), sendo que predominavam as naturais cores de vermelho e branco. Tentando afastar-me minimamente da sonoridade em si, é inegável que os white stripes deram um bom concerto, e que é muitíssimo boa a sua forma de "encher" o palco já que jack e meg andam por lá sozinhos e abandonados. Os temas foram bem debitados, algumas pessoas estavam num bonito momento zen, e o ex-casal esteve bem competente nas suas funções.



white stripes no alive! retirada de: http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8850

O que não quer dizer que o concerto tenha sido a bomba-enérgica que tanta gente esperava. Ok, "seven nation army" que obviamente fechou a actuação, contradisse esta regra, mas foi a única. E, para irmos a modos que a fazer um balanço geral, temos um bom concerto, mas que podia ter sido do caraças ponto 1 se eu gostasse de white stripes, e ponto 2 se eles tivessem sido mais enérgicos em palco. Mas não, não posso dizer que não tenha gostado pronto. contentes?

E foram uns 6 anos à espera. 6 anos de adolescentes emoções,vivências, e tudo o mais para chegar o momento certo. A chuva veio. E com ela os smashing pumpkins.


foto retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8866

Ou o que resta deles. Ok, aqui na foto falta o chamberlin, mas perceberam a mensagem. De qualquer maneira isso era o menos: ali estava o corgan, pronto a tomar conta da vontade das 20/30 mil pessoas em ouvi-los ao vivo, passado todo este tempo. E foi isso que os "novos" Pumpkins, fizeram. Ainda por cima começaram com o raio do "today" para dar azo a esse belo comeback com a benção de S.Pedro. O concerto todo foi fabuloso, e os meus momentos altos foram claramente as escutas de "rocket"(onde era o único a cantar bah) e "cherub rock" pois claro.

O resto foi sobretudo um exalar das magníficas canções que os pumpkins têm e sempre tiveram: embora não tenha sido giro e fofo o facto de não me lembrar agora de nenhum tema de "gish" que tenha sido posto ao barulho. Isso e não terem tocado a "muzzle", a mayonaise", a "love", a , "crestfallen", a "porcelina of the vast oceans", a... pois. Quanto à banda em si, pareceu-me coesa o suficiente para bons vôos, embora não tenha gostado dos "cheirinhos" de "zietgeist" que a banda ainda emanou: pareceu-me um bocado mais do mesmo, tendo em conta que o "mesmo" já tem uns 7 aninhos. Mas enfim isso não interessava.



foto retirada de http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/8866

Foi portanto o melhor concerto do ano. Mesmo que, se fosse analisar isto de um modo fresquinho e meramente esquemático, diria que não teria passado do bom. A banda esteve correcta, corgan foi comunicativo qb, mas nada que tenha lançado os pumpkins no mais profundo brilhantismo. Ainda por cima com um claro abuso de meio virtuosisimo, que assolou sobretudo a parte final do concerto. No entanto, tendo em conta quem são os smashing, e sobretudo tendo em conta as suas galácticas canções, este só pode ter sido o concerto do ano: o concerto que queria ter tido há uns anos mas não pude, foi este. Ponto ponto.

Em relação ao alive! em si, valeu pelos pumpkins. Ser uma tenda secundária, em vez de um verdadeiro palco secundário, só se pode justificar porque existiam concertos nos dois palcos à mesma hora. Estarem os balla e uma banda espanhola de que ninguém ouviu falar no palco principal, só pode ser cunhadice de alguém(então no caso espanhol, sem dúvida). O resto foi um festival escorreito, que só pecou a meu ver por não ter tido naquele dia mais bandas, das quais eu realmente gostasse ó sério. Mas tiveram lá os pumpkins e isso valeu por tudo.

Saturday, July 07, 2007

MORE THAN A THOUSAND

CHEGAM DE LONGE, VÊM DE PERTO



Finalmente, parece ser caso para dizer. Depois de uns 3 meses com problemas em conseguir publicar esta entrevista, eis que ela chega sobre o (bonito) signo do verão. E para um comeback do blog à viva força de alguns tempos atrás, nada melhor que a entrevista com os more than a thousand, horas antes da sua entrada em palco, para o óptimo concerto no paradise garage, no dia 7 de abril(!). Tudo a ser conferido pelas palavras de Vasco e Sérgio, os entrevistados da ocasião:


Desde que editaram o "vol 2: the hollow" o que é que têm andado a fazer?

VASCO - Basicamente, temos andado na garagem, já a escrever um novo álbum. E temos estado também a tentar arranjar editoras para ver se conseguimos lançar o disco lá para fora da forma mais eficiente possível.

E já têm uma ideia relativo de quando é que esse novo disco poderá ganhar uma forma mais consistente?

SÉRGIO - A ganhar forma é como quem diz.. a ganhar forma está a ganhá-la agora, para sair é que ainda não fazemos ideia.

VASCO - Nós também ainda queremos tocar o "hollow" durante algum tempo. Se for possível até ao fim deste ano talvez. Depois sim, a partir daí veremos e o mais provável é avançarmos com o novo álbum, e começar-mos a divulgar aquilo que estamos a escrever agora.


Como foi a aceitação do "vol 2: the hollow", tanto por parte do público como dos media?


VASCO - Bem, primeiro que nada acho que o "the hollow" não é um álbum fácil. Toda a gente estava à espera de algo bem diferente, e nós acabámos por fazer uma coisa mais...calma do que o esperado, parece-me. Isto porque foi o que sentimos na altura, não fizemos um álbum para agradar a absolutamente ninguém, ao contrário do que sucedeu por vezes no passado. A música tem de ser uma cena honesta, não é para andarmos aqui a mentir em relação ao que queremos fazer.

E os media, de que forma foi a reacção da comunicação social?

VASCO - Foi muito boa, nao estávamos à espera de uma reacção desta. Só recebemos boas críticas, o que não deixou de nos surpreender um bocado. Estávamos meio à espera de uma reacção mais dividida em relação ao "the hollow".

Bem, a próxima pergunta vem um bocado na onda daquilo que acabaste de dizer... Eu conheço bastante gente, que sentiu que vocês mudaram bastante no "the hollow". Eu próprio também senti essa diferença, sobretudo a princípio. Têm alguma coisa a dizer em relação a essas pessoas?

SÉRGIO - Epá isso é apenas e só a música. Fizemos aquilo porque sentimos que era o que queríamos fazer. Depois a opinião das pessoas...

Que se lixe...

SÉRGIO - Bem, haa um bocadinho assim talvez. Nós fazemos a música para nós, e quem gosta óptimo pronto.

VASCO - Acho que os verdadeiros fãs gostam sempre.



O que eu notei muito no novo álbum, uma certa vontade vossa em fugir aos rótulos de emo/screamo etc. Sentem um bocado isso também, ou nem por isso?


SÉRGIO - Não, porque nós nunca tivemos nesse espectro. As pessoas podiam pensar que o éramos, mas não concordo com isso.

VASCO - Talvez no "those in glass houses shouldn't throw stones", houvesse alguma relação. Não nas letras, que é onde o estilo está mais explícito, porque elas falavam sobretudo em como nos aguentar no mundo da música, mas talvez no som. O "trailers..." já está longe disso tudo. Ele é uma mistura de... sei lá tanta coisa. Nem pensávamos muito nisso.

SÉRGIO - Mesmo à cowboy como se costuma dizer.

Bem, eu do "trailers..." por acaso gosto muito.

SÉRGIO - Nós também, mas lá está crescemos como músicos.

Esta pergunta pode ser um tudo nada mais polémica... existiu alguma razão para que não tenha sido o ricardo espinha a produzir o "the hollow"?

VASCO - Nós chegámos a gravar um álbum completo com ele, que era suposto ser o "the hollow". Gravámos durante um mês, fizemos 13 músicas mais pesadas, mais pesadas mesmo que o "trailers...". Só que depois quando chegámos ao fim, olhámos para o que tínhamos feito, e simplesmente dissemos "não queremos nem uma delas". Acabámos por mandar para o lixo os 13 temas. O espinha também não ficou contente com o trabalho dele, então optámos por gravar outras e optámos por outro produtor.

E esses temas iam mais na onda do "This city is a graveyard", e do "Walking on the devil's trail?".

VASCO - Mais na onda do "walking...", do que do "this city...". Há depois uma música neste disco, a "Have You Ever Dreamed You Are Falling?"(nota: faixa 12 de vol 2: the hollow"), que tem um tom de baixo um bocado mais esquisito... Aquele disco que gravámos e mandámos para o lixo, era todo uma mistura do "walking" com coisas esquisitas um bocado mais calmas, e foi com isso que nos apercebemos que não era aquilo que queríamos fazer, o que nos permitiu partir para outra.

Neste novo disco têm algum tema favorito, que vos tenha dado especial orgulho a fazer, que agora olhem para ele com algum tipo de reverência?

SÉRGIO - Pura e simplesmente todas... Quando começámos a escrever o disco, estávamos a um mês de ir para a Suécia gravar, e tínhamos quatro ou cinco ideias, e apenas 3 temas já mais ou menos definidos. Houve temas que escrevemos lá enquanto estávamos a gravar baterias. A "the virus" escrevemos lá por exemplo.

VASCO - Escrevemos a "cease fire"...

SÉRGIO - Foi um conjunto de situações, que nos permitia depois vir a Portugal gravar algumas coisas, descontrair, estar noutro ambiente... Acabou por existir uma variedade de sentimentos que tivemos na altura, e que também nos ajudaram a gravar estes temas.


Até porque há muitas cenas do "the hollow" que não têm nada a ver com as coisas que fizeram no passado.

SÉRGIO - Precisamente.

Tendo em conta que já estão e Inglaterra há coisa de quê.. dois três anos?

VASCO - Por volta de dois anos e meio.

OK... Quais são as principais diferenças do meio que tinham cá, para o meio que forma descobrir lá?

VASCO - Epá, só em Londres quase que existe mais gente que em Portugal inteiro.

SÈRGIO - O mercado é muitíssimo maior, nem tem comparação. Para dar um exemplo,existem bandas que sobrevivem só por tocar em Lonres.


Porra...


VASCO - Só tocando ali já dá para viver. E quando digo viver, digo mesmo viver: com casa paga, luz,tudo. E logo aí está a principal diferença entre Portugal e Inglaterra. A música lá é levada mais a sério. Se lá alguém nos pergunta qual é a nossa profissão, e nós respondemos "sou músico, e tenho uma banda", lá isso é encarado com perfeita normalidade.

SÈRGIO - Cá é mais, "ès músico, tens tatuagens, fazes barulho".

Mas cá também é mais complicada. A cena é mais pequena, o meio não é suficiente, somos menos...

VASCO - Até acho que isso cá está a melhorar bastante. Em termos de público por exemplo. As bandas cá já têm mesmo fãs a sério, que anteriormente não tinham. Nós por exemplo há uns anos atrás tocávamos para 5/10 pessoas que eram mesmo fãs, e agora temos mais de duzentas.

E em relação a hoje? Quais são as vossas expectativas?

VASCO - Primeiro acho que vai ser bom para nós, pelas bandas que temos a tocar antes de nós e que nos ajudaram para este concerto. Não são bandas desconhecidas, é pessoal com quem lidamos já há muito tempo. Infelizmente não deu para termos aqui mais gente...

Como hills have eyes suponho...

VASCO - Hills have eyes, que são tipo como irmãos... E depois em termos de público estamos preparados para o que vier. Que isto seja uma festa, e estejam 50 ou estejam mil, a nossa aitutde vai ser igual.

Tendo em conta que, de "the hollow" ainda não tocaram nada ao vivo, para além de dois temas, como é que acham que as pessoas os vão receber?(nota à pressão: tendo em conta que é uma pergunta limitadas temporalmente, nesta altura a conjuntura era esta)

SÈRGIO - Epá não estamos muito preocupados com isso... vamos mostrar... Quem não conhece fica a conhecer. Vamos ver se as pessoas gostam. De qualquer maneira se não gostarem, há outras bandas por aí para ouvir.

VASCO - Há de tudo para toda a gente. Nós fazemos música para nós e basicamente é isto.

Mudando de assunto: como vêm o meio de setúbal e a sua efervescência a nível de bandas?


VASCO - Não me parece que seja só em Setúbal. Easyway ou my cubic emotion não são de lá... Epá eu acho que há música boa em todo o lado, e tenho pena que não tenhamos tido oportunidade de ter toda a gente a tocar connosco, mas evidentemente que era difícil...

Acham que vocês podem ser um bom ponto de divulgação, no sentido dos vossos fãs ficarem a conhecer outras bandas, ao virem cá por exemplo?

SÉRGIO - No fundo o que interessa aqui não é tocar seja com metallica, smashing pumpkins, ou more than a thousand. O que interessa é pura e simplesmente tocar.

VASCO - Por exemplo, nós hoje somos cabeça de cartaz. Se amanhã fossem os easyway, íamos abrir para eles na boa. Isto não tem nada a ver com o querer divulgar ou seja o que for, simplesmente é pelo prazer de tocar com estas bandas. Até porque todas elas já têm uma sólida base de fãs felizmente. Se fossem bandas desconhecidas, aí sim era interessante que elas se dessem a conhecer, seja de que forma for. Se isso puder passar por nós, tudo bem.

Ultimamente têm tido poucos concertos em Inglaterra. Existe alguma razão para isso, ou têm tido dificuldades em marcar concertos por lá?

VASCO - Ultimamente temos tido pouco feeling para tocar ao vivo. Andámos mais preocupados em arranjar uma boa editora, que pudesse editar o nosso álbum em termos, do que propriamente em arranjar datas de concertos.

Portanto não é por falta de problemas em marcar, simplesmente não estavam virados para isso

SÉRGIO - Sim, não é por isso. Até porque lá é fácil marcar concertos...

VASCO - Nós queríamos era fazer as coisas como deve ser. E depois também, se formos tocar só por tocar, não dá grande pica...não estávamos a sentir essa pica, no fundo é isso.

Nesse caso, parece-me que estamos acabados. Boa sorte para o concerto de hoje

VASCO - Obrigado nós! Um abraço.

SÉRGIO - Quando quiseres marcar outra entrevista é só dizer. fica bem.